Expansão de ataques de Israel sinaliza rejeição ao cessar-fogo, diz Líbano

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, criticou a ”expansão” dos ataques israelenses no país nesta sexta-feira (1º), e disse que eles indicam uma rejeição aos esforços para intermediar um cessar-fogo após mais de um mês de guerra.

Para Mikati, Israel não tem sinalizado que deseja uma trégua. ”A expansão renovada do escopo da agressão nas regiões libanesas, suas repetidas ameaças à população de evacuar cidades e seus novos ataques aos subúrbios ao sul de Beirute são todos indicadores que confirmam a rejeição”, disse em comunicado.

A agência nacional de notícias libanesa relatou ao menos dez bombardeios ao sul da capital na manhã desta sexta-feira (1º). Os ataques aconteceram após um apelo do Exército israelense para evacuar bairros desta área considerada um feudo do movimento Hezbollah.

Na Faixa de Gaza, bombardeios de Israel também continuam. Ao menos 55 palestinos mortos e 186 ficaram feridos em ataques durante a quinta-feira (31).

Declarações israelenses e sinais diplomáticos que o Líbano recebeu confirmam a teimosia de Israel em rejeitar as soluções propostas e insistir na abordagem de matança e destruiçãoNajib Mikati

A declaração do premiê ocorre após a expectativa sobre possível acordo durante esta semana. Na quinta-feira (31), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se encontrou com autoridades americanas para discutir um possível encerramento do conflito entre os dois países.

Na quarta (30), Mikati chegou a dizer à imprensa que esperava um cessar-fogo nas ”próximas horas ou dias”. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, confirmou que havia tido um progresso nas discussões, e alguns representantes americanos falaram que o acordo poderia ocorrer antes das eleições presidenciais entre Kamala Harris e Donald Trump.

A guerra que assola a Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 alastrou-se para o Líbano. Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas, travaram uma guerra no dia 30 de setembro, e pelo menos 1.829 pessoas morreram no Líbano desde a intensificação das incursões, segundo relatório da AFP.

Redação / Folhapress

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