SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Ramón Díaz classificou o seu trabalho no Corinthians como “excelente” após a eliminação para o Racing na Sul-Americana. O discurso do treinador traz à tona algumas declarações de Vanderlei Luxemburgo, que trabalhou no alvinegro no ano passado.
RAMÓN OU LUXA?
O argentino vem reforçando a evolução da equipe alvinegra nas últimas semanas. Ramón, por exemplo, já falou repetidamente sobre as diferenças de pontuação do time antes e depois de sua chegada.
“Quando cheguei, o Corinthians tinha 12 pontos; agora, tem 32 [antes do jogo contra o Cuiabá]. Isso quer dizer que estamos competindo, e estou contente com o grupo que temos. Agradeço à diretoria. Estamos vivos. Faz três meses e meio que estou aqui, e a equipe não competia no Brasileirão e na Sul-Americana”, disse Ramón, após o empate por 2 a 2 entre Corinthians e Racing no jogo de ida.
Luxemburgo adotava uma filosofia parecida em suas entrevistas coletivas. O experiente treinador, que nesta sexta-feira (1) está sem clube, batia na tecla da evolução mesmo sem o Corinthians vencer seus compromissos.
Estamos crescendo. Jogamos dois jogos fora e conseguimos três pontos. Se fossem seis, era ótimo, mas temos um crescimento visível da equipe. Quem não quiser enxergar, não posso fazer nada. […] Tivemos um crescimento evidente e claro. Se pontuar fora de casa e em casa, vamos sair dessa coisa [zona perigosa] e objetivar o que queremos”, disse Luxemburgo, após a derrota por 1 a 0 contra o Athletico-PR. O aproveitamento dos veteranos também é parecido. Luxemburgo deixou o Corinthians com 50% dos pontos ganhos, e Ramón chegou a 48% após a derrota para o Racing.
Os dois também possuem desempenhos piores em relação a António Oliveira, antecessor do atual treinador do alvinegro: o português saiu do clube em julho com 55% de aproveitamento.
Ramón, diferente de Luxa, tem mais uma chance de amenizar a pressão no Corinthians: o time encara, já na segunda-feira (4), o Palmeiras dentro da Neo Química Arena. O jogo é válido pelo Campeonato Brasileiro, único torneio restante aos rivais até o final da temporada. Enquanto o alvinegro briga contra o rebaixamento, o alviverde disputa o título.
Vamos trabalhar com o tempo que temos, em breve tem jogo do Brasileirão. É preciso recuperar animicamente, fisicamente, mentalmente. A recuperação tem que ser rápida porque os compromissos também são Ramón Díaz
BRUNO MADRID / Folhapress