Um homem, de 47 anos, foi preso em flagrante por produzir, comercializar e armazenar materiais sexuais infantis em Itanhaém, no litoral de São Paulo. O suspeito era alvo da “Operação Lobo Mau”, que foi deflagrada na última quinta-feira (31), pelo Ministério Público (MP) e a Polícia Civil para desarticular uma organização criminosa de exploração sexual infantil na internet.
Ao todo, durante a “Operação Lobo Mau” deflagrada pela Polícia Civil e MP, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram cumpridos 94 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal.
Só no estado de São Paulo, onze pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na organização criminosa. Em Itanhaém, os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência de um homem.
Durante a revista na casa dele, os agentes encontraram materiais para produção e armazenamento de vídeos eróticos feitos com crianças e adolescentes entre 7 a 12 anos. De acordo com informações, para conseguir acesso às crianças, o criminoso se apresentava como fotógrafo e aliciava as vítimas em troca de fotos para o mercado publicitário.
Na residência, foram apreendidas iluminações, quatro tripés, três câmeras fotográficas, celulares, sete HDs, um notebook e computador desktop, uma porção de maconha, cartões de memória e brinquedos, sendo a maioria bichos de pelúcia.
O homem foi levado à Delegacia de Peruíbe. Os objetos foram apreendidos e o suspeito preso em flagrante. A companheira dele, de 29 anos, é investigada pela venda de pornografia infantil.
A operação
A força tarefa foi organizada com o apoio da agência Homeland Security Investigations (HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos.
Participam da operação equipes das Polícias Civis e Ministérios Públicos do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe. A ação também conta com o apoio das Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
O nome da operação faz referência ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual.