Polícia de SP cria comissão permanente para atendimento de desastres em massa; entenda

O comitê da polícia tem a finalidade de planejar, coordenar e implementar ações de rápida resposta em casos de acidentes e calamidades

O comitê é composto por equipes fixas de gestão, definidas conforme as responsabilidades estratégicas, táticas e operacionais | Foto: SSP/Governo de SP

A Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) de São Paulo criou uma comissão permanente de atendimento em desastres em massa. A equipe tem a finalidade de planejar, coordenar e implementar ações de rápida resposta em casos de acidentes e calamidades. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

A comissão nasce a partir da necessidade de estabelecer estruturas técnicas e administrativas para dar suporte ao Grupo de Ação em Desastres de Massa (Gadema). O grupo atua há mais de 25 anos na SPTC e possui profissionais treinados, que seguem protocolos internacionais.

De acordo com a perita criminal Karin Kawakami De Vicente, assistente técnica da superintendência e integrante da comissão, a portaria melhora a comunicação entre as equipes, reduz o tempo de resposta e garante que os recursos sejam alocados de maneira mais eficiente. “A portaria também estabelece diretrizes claras para o treinamento, preparação das equipes envolvidas e de comando, para que as atividades realizadas não sejam afetadas por circunstâncias externas”, explicou. “Ela visa otimizar a resposta a esses eventos e controlar, de forma eficaz, as equipes de emergência.”

O acidente aéreo em agosto deste ano em Vinhedo, no interior de São Paulo, indicou a necessidade de a SPTC criar uma coordenação para aprimorar o comando de ações em campo. “Isso viabiliza o aumento da eficiência do atendimento em acidentes dessa natureza, além de minimizar os impactos sobre a população e garantir uma resposta integrada entre as diversas agências envolvidas”, acrescentou a integrante da comissão.

Estruturação da comissão

O comitê é composto por equipes fixas de gestão, definidas conforme as responsabilidades estratégicas, táticas e operacionais. É baseado em quem está atualmente nos cargos de direção e não somente em profissionais específicos, fazendo com que não haja uma interrupção na gestão.

É presidido pelo Superintendente da Polícia Científica, Claudinei Salomão, e assessorado por dois assistentes técnicos, que oferecem suporte no monitoramento e acompanhamento das ações. Além de diretores do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML), do Centro de Perícias (CP) e Centro de Exames, Análises e Pesquisas (Ceap) desses institutos.

Peritos criminais e médicos legistas compõem a gama de especialistas que foram indicados pelas diretorias técnicas para realizar estudos e análises detalhadas sobre temas específicos e de interesse da organização ou setor. “Isso promove e desenvolve normas técnicas, diretrizes e procedimentos que melhoram a eficiência e a qualidade das operações e serviços, auxiliando na implementação de políticas e programas”, disse o perito criminal William Abner de Souza, integrante da comissão.

O número exato de participantes da comissão pode variar de acordo com a demanda e o estudo específico a ser realizado. Para isso, a portaria estabelece que todos os envolvidos nos atendimentos devam passar por treinamentos conjuntos e regulares para garantir a excelência do atendimento.