O que os CEOs das grandes empresas de tecnologia querem de um segundo mandato de Trump

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O que os CEOs das grandes empresas de tecnologia querem de um segundo mandato de Trump e outras notícias do mercado nesta sexta-feira (8).

**FATOR TRUMP**

A vitória de Donald Trump nas eleições americanas veio como fator que pode ser decisivo para o crescimento tecnológico das big techs do país. Ou pelo menos é o que esperam os CEOs dessas companhias.

Entenda: líderes das principais empresas de tecnologia —Amazon, Apple, Google, Meta e Microsoft— se apressaram para parabenizar o republicano por sua vitória esmagadora.

↳ Eles buscam restabelecer pontes com o presidente eleito e com seu mais influente apoiador do Vale do Silício, Elon Musk —diante de um período que pode transformar o setor.

↳ Os CEOs tendem a ver a vitória do republicano com bons olhos, já que desde 2020 enfrentam investigações regulatórias e ameaças de antitruste como parte da ofensiva da administração de Joe Biden.

O principal antagonista dessas empresas foi Lina Khan, presidente da FTC (Comissão Federal de Comércio), em parceria com Jonathan Kanter, chefe da divisão antitruste do DoJ (Departamento de Justiça).

↳ A dupla bloqueou fusões e aquisições, mirou monopólios tecnológicos e examinou parcerias entre startups de IA e grandes empresas de tecnologia, incluindo a Microsoft.

Luz no fim do túnel. O mandato de Trump é visto como um catalisador imediato para fusões corporativas, investimentos de private equity e saídas de capital de risco, que há anos estão paralisados pela fiscalização dos órgãos reguladores e altas taxas de juros.

Essas empresas têm muito a ganhar com uma postura mais amigável por parte de Trump, mas precisam conquistar o político imprevisível.

Esperançosos. Banqueiros de investimento e consultores das gigantes do Vale do Silício e dos capitalistas de risco também ficaram otimistas com a valorização do dólar e do mercado de ações.

↳ A vitória do republicano fez com que a fortuna dos dez bilionários mais ricos do mundo, Musk incluso, tivesse um aumento de US$ 64 bilhões em um único dia. O valor representa um recorde histórico desde o início do índice de riqueza da Bloomberg.

Sim, mas.. O resultado da eleição causou um tremor na Europa e na Ásia, enquanto formuladores de políticas e executivos estudam os efeitos dos EUA irem em direção ao protecionismo.

↳ Os países europeus estão fortemente expostos às alegações de que Trump apertaria as restrições comerciais e afrouxaria os laços de segurança com os aliados dos EUA.

O “Fator Trump” para o cálculo da economia global e americana, porém, só será percebido definitivamente a partir de 20 de janeiro de 2025, data em que o republicano tomará posse na Casa Branca.

**ALTA POR AQUI, CORTE POR LÁ**

Um dia depois da alta da Selic no Brasil, os Estados Unidos mostraram caminhar em direção contrária.

O Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) anunciou nesta quinta (7) um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, que passa para a faixa de 4,5% a 4,75% ao ano.

A decisão foi unânime e era amplamente esperada pelo mercado.

Sim, mas… Ela representou uma desaceleração no ritmo em relação ao corte anterior.

Entenda: é a segunda redução consecutiva do Fed. Em setembro, o corte foi de meio ponto, decisão tomada na época para evitar fraquezas no mercado de trabalho.

↳ A autoridade monetária havia ficado quatro anos sem reduzir a taxa.

O comitê disse que a economia americana está se expandindo em um “ritmo sólido”, mas continuou a caracterizar a inflação como “um pouco elevada”.

E a vitória de Trump? O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que, no curto prazo, a eleição “não terá efeitos sobre as decisões”.

Economistas dizem que os planos do presidente eleito dos Estados Unidos arriscam não apenas uma inflação mais alta, mas também um crescimento mais lento.

↳ Trump propôs tarifas abrangentes, deportações em massa de imigrantes e ampla desregulamentação, além de impostos mais baixos para os ricos e empresas.

Por aqui… O dólar fechou sem alterações e se manteve cotado a R$ 5,675 em meio à repercussão dos juros do Fed e à expectativa do pacote de corte de gastos do governo.

**NEM TÃO DOCE LAR**

A França parece não estar tão satisfeita com seu “hóspede” Airbnb. O parlamento francês aprovou nesta quinta (7) uma lei de maior regulação para oferta desse tipo de aluguel turístico, reduzindo as vantagens fiscais para a modalidade.

Entenda: o objetivo é regular essas acomodações, que são uma atividade “necessária nas áreas turísticas” mas que “está ficando fora de controle”, defendeu a deputada centrista Annaïg Le Meur durante a tramitação parlamentar.

↳ A explosão dos aluguéis nas grandes cidades favoreceu a especulação e dificultou o acesso à moradia aos habitantes dessas regiões, de acordo com quem defende a legislação.

Para controlar o fenômeno, a lei reforma a tributação aplicável a essas acomodações turísticas, que até agora era mais favorável do que a dos aluguéis tradicionais.

O subsídio fiscal para casas de férias mobiliadas passará de 71% para 50%, com um teto de 77,7 mil euros (cerca de R$ 481 mil).

Estranho no ninho. Em setembro de 2023, a cidade de Nova York endureceu significativamente suas regras sobre aluguel de curto prazo, quase expulsando a Airbnb de um mercado que representava cerca de 80% de seus negócios.

A prefeitura argumentou que a proliferação de locações de curta duração pelas plataformas aumentou o valor dos aluguéis e alimentou a escassez de moradias.

A Airbnb afirmou que as novas regras equivalem a uma “proibição de fato” da plataforma.

Críticos disseram que a prefeitura estava cedendo ao lobby da indústria hoteleira e bloqueando opções mais baratas para os visitantes.

E no Brasil, o aumento da modalidade começou a impactar o mercado imobiliário do Rio há alguns anos e dificultar a busca por aluguéis de longo prazo nos bairros turísticos, segundo Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-Rio, sindicato do setor da habitação.

O que diz o Airbnb: que leva a sério as preocupações sobre moradia e está disposto a trabalhar com os governos para estabelecer boas políticas para contribuir com o turismo.

Redação / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS