SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A chuva persistente deste a madrugada desta sexta-feira (8) em São Paulo ganhou intensidade e é percebida com mais força na cidade de São Paulo.
Pouco depois das 14h30, todas as regiões da capital paulista foram colocadas em atenção para alagamentos, inclusive nas marginais Pinheiros e Tietê.
Na tarde desta sexta havia pontos de alagamentos, mas transitáveis, nas ruas Alvarenga e Coronel Palimércio de Rezende, no Butantã, zona oeste, e na avenida Pedro Álvares Cabral, na Vila Mariana, zona sul.
A capital paulista se encontra na tarde desta sexta com nível alto para alagamentos e inundações, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). No início da manhã, conforme a Defesa Civil, foi registrado um acumulado de 118 mm de chuva em 48 horas em Pirituba, na zona norte.
Ao longo do dia, o tempo permanece instável e com chuva de intensidade fraca a moderada. A combinação de chuva intermitente e solo já encharcado cria condições para formação de alagamentos e deslizamentos de terra nas áreas de risco.
A chuva causa transtornos desde quinta-feira (7). O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por exemplo, amanheceu cheio e com diversos passageiros sem saber quando vão conseguir chegar aos seus destinos, em razão da chuva persistente registrada na capital paulista. Os voos cancelados passaram de 50 entre quinta e esta sexta.
Muitos dormiram no saguão do terminal à espera de definição de quando poderiam embarcar.
Desde a meia-noite até às 16h, o Corpo de Bombeiros recebeu 59 chamados para queda de árvores na região metropolitana de São Paulo.
Segundo informativo da concessionária Enel, atualizado às 16h, mais de 47 mil endereços estavam sem energia na Grande SP. Na capital paulista, o apagão atingia 30,5 mil imóveis.
Por causa das previsões de chuva forte, desde quinta-feira (7) o governo paulista tem em ação um gabinete de crise, com integrantes de agências reguladoras estaduais, concessionárias de energia elétrica e de abastecimento de água. A intenção, segundo a Defesa Civil, é permitir uma comunicação ágil e ações mais efetivas de monitoramento e controle.
A Enel Distribuição divulgou nota em que diz estar “preparada para colocar em prática seu plano emergencial” para esta sexta.
A companhia afirma que suas equipes estão de prontidão para atender a eventuais ocorrências que envolvam o fornecimento de energia dentro da área de concessão, composta por 24 municípios da Grande São Paulo, incluindo a capital paulista. A concessionária não informou quantos trabalhadores estão envolvidos na operação.
A passagem de uma frente fria provoca precipitações em boa parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.
A chuva provoca estragos em várias regiões do estado desde a quinta-feira. Uma forte precipitação, acompanhada de rajadas de vento, derrubou uma estrutura metálica sobre 20 carros que estavam estacionados em um supermercado em Presidente Venceslau.
No bairro Panorama, em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo, uma casa desmoronou nesta tarde. Ainda não havia informações sobre vítimas até a publicação deste texto.
Em Bauru, um motociclista foi arrastado por cerca de 50 metros pela correnteza, mas conseguiu se resgatado com segurança.
Em Itapeva, uma árvore caiu em cima de duas casas uma delas teve de ser parcialmente interditada.
Neste sábado (9), os ventos úmidos que sopram do mar favorecem a formação de muitas nuvens baixas. Por conta disso, diz o CGE, o céu fica encoberto, e há potencial para garoa e chuva leve em pontos isolados entre a madrugada e o período da manhã, e garoa à noite. A temperatura cai, com máxima de 19°C no meio do dia e a mínima de 15°C no fim da noite.
No domingo (10), o céu continua nublado, no entanto, haverá alguns períodos com sol entre muitas nuvens. A temperatura apresenta pequena elevação e não há expectativa de chuva. Os termômetros oscilam entre a mínima de 15°C na madrugada e a máxima de 22°C no início da tarde.
A cidade de São Paulo registrou na primeira semana de novembro 163 mm de chuva, volume maior do que o esperado para todo o mês 145 mm, segundo a Defesa Civil do Estado.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress