Resultado da COP29 é parte fundamental do sucesso da COP30, diz Alckmin em Baku

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em discurso na COP29, a conferência das Nações Unidas sobre mudança climática que ocorre em Baku, no Azerbaijão, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o resultado das negociações será essencial para que a próxima edição da conferência, em 2025, seja bem-sucedida.

“O sucesso da COP29 é parte fundamental para o sucesso da COP30, que teremos o orgulho de se sediar em Belém, no Brasil, e também para a resposta global à mudança do clima. A omissão de agora custará muito para o depois”, disse na plenária na manhã desta terça (12).

Na fala de cerca de quatro minutos, o vice-presidente não citou o combate ao desmatamento –a principal bandeira ambiental do governo Lula– ou a redução no uso de combustíveis fósseis –que são a maior fonte global de emissões de gases de efeito estufa.

Alckmin, que discursou na abertura do encontro de chefes de Estado e governo, que tradicionalmente ocorre no início das COPs climáticas, chefia a delegação brasileira na COP29, já que o presidente Lula (PT) desistiu da viagem após sofrer uma queda.

“A conferência de Baku aspira a definir o novo objetivo de financiamento climático. Esse objetivo deve ser ambicioso, de modo a limitar o aumento da temperatura a 1,5°C [em relação aos níveis pré-industriais]”, afirmou Alckmin.

Ele também citou políticas como a elaboração do Plano Clima, que deve ser divulgado em 2025, o Pacto Pela Transformação Ecológica, lançado em outubro, e a nova meta climática brasileira (conhecida como NDC), divulgada parcialmente na última sexta-feira (8) e que deverá ser entregue em versão completa à ONU nesta quarta (13).

“Nossa meta reflete nossa mais alta ambição: a redução de emissões de até 67% até 2035, comparada ao ano de 2005. Ambiciosa certamente, mas também factível”, disse. “Para isso, entretanto, precisaremos juntos assegurar as condições e meios de implementação adequados.”

“Nossa NDC é muito mais do que simplesmente uma meta de redução de emissões para 2035. Ela reflete a visão de um país que se volta para o futuro e que está determinado a ser protagonista da nova economia global, com energias renováveis, combate à desigualdade e comprometimento com o desenvolvimento sustentável”, acrescentou.

JÉSSICA MAES / Folhapress

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