RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um policial militar de São Paulo e o irmão foram baleados ao entrarem por engano na Cidade Alta, no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (12).
Segundo a PM, os dois foram socorridos por PMs que estavam baseados no posto de policiamento do Mercado São Sebastião, próximo ao local. Os agentes realizaram os primeiros socorros às vítimas e, em seguida, encaminharam os feridos ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, também na zona norte.
Ambos foram baleados nas pernas. Ainda não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.
A Polícia Militar informou que os homens entraram na Estrada Porto Velho, em um dos acessos da comunidade da Cidade Alta, e foram atacados a tiros por criminosos.
Os irmãos estavam na capital fluminense para participar do G20, que começa oficialmente na próxima semana, mas que terá atividades a partir desta quinta-feira (14).
Na última semana, três agentes da Polícia Penal de Minas Gerais foram baleados também após entrarem por engano na comunidade da Cidade Alta, na quinta-feira (7). Eles tiveram ferimentos leves.
Os agentes estavam realizando a escolta de dois presos que seriam transferidos para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio, segundo a Polícia Militar.
Os dois presos que eram transferidos no momento do confronto não foram baleados.
O Complexo de Israel é formado pelas favelas Parada de Lucas, Cidade Alta, Vigário Geral, Cinco Bocas e Pica-Pau e é próximo a vias importantes da cidade, como Linha Vermelha, Washington Luís e Avenida Brasil.
A região, dominada pela facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro), chefiada por Álvaro Malaquias Rosa, o Peixão, vem sendo alvo de intensos confrontos.
No dia 24 de outubro, três pessoas inocentes morreram enquanto passavam pelas vias próximas ao complexo. Na ocasião, havia um tiroteio entre policiais militares e traficantes.
Paulo Roberto de Souza, 60, motorista de aplicativo, foi baleado dentro do carro. Renato de Oliveira, 48, acabou atingido por um tiro dentro do ônibus enquanto ia para o trabalho. Geneilson Eustáquio Ribeiro, 49, era motorista de caminhão de frete e passava no local no momento dos tiros.
ALÉXIA SOUSA / Folhapress