Nome do movimento antivacina é cotado para assumir cargo de saúde no governo Trump

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Um dos principais nomes do movimento antivacina dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., é cotado para ocupar um cargo de destaque no governo Donald Trump relacionado à área da saúde.

Segundo o jornal The New York Times, seis pessoas que falaram em condição de anonimato dizem que Kennedy Jr. está em Mar-a-Lago, na Flórida, junto com o time da transição do republicano, mas que seu posto na administração ainda não foi definido.

Ainda assim, de acordo com reportagem do jornal The Washington Post da semana passada, o crítico das vacinas poderia ser indicado como diretor de uma agência ou de um assento na Casa Branca que supervisiona questões ligadas a políticas de saúde e alimentação.

Kennedy foi candidato independente à Presidência da República, mas abdicou da corrida para apoiar Trump em troca de um cargo relevante na sua administração, segundo o The New York Times.

Em entrevista ao apresentador Tucker Carlson, em 31 de outubro, Trump afirmou que Kennedy Jr. poderia ser uma “figura influente” no segundo mandato.

Sobrinho do presidente John F. Kennedy e filho do falecido senador e procurador-geral Robert Kennedy, o aliado de Trump foi um dos criadores de um dos principais grupos antivacina do país.

Ele já criticou recomendações do CDC, equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para a imunização de crianças. E também difundiu teorias relacionando a vacinação a casos de autismo.

Numa entrevista recente à NPR, disse que não tirará vacinas de ninguém, mas afirmou que são poucas as pesquisas ligadas ao imunizante.

“Claro, não vamos tirar vacinas de ninguém”, disse Kennedy. “Nós vamos é assegurar que os americanos tenham boa informação a respeito das vacinas e da segurança das vacinas.”

O ex-candidato à Presidência afirmou que o futuro governo vai tirar o flúor da água, uma ideia que ele apresentou ao presidente eleito.

O flúor é adicionado à água dos Estados Unidos desde 1945, mas a decisão sobre incluí-la é tomada por autoridades locais e não pelo governo federal. O mineral serve para fortalecer os dentes.

Redação / Folhapress

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