SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo concedeu o vão-livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubrian) ao próprio museu por 20 anos, com possibilidade de prorrogação.
O anúncio foi publicado no Diário Oficial, nesta terça-feira (12). Mais detalhes devem ser dados nos próximos dias. Até então, museu detinha apenas direito ao uso do prédio projetado por Lina Bo Bardi e de uma pequena parcela do vão, onde está a bilheteria.
Agora, o Masp será responsável pela zeladoria do espeço e poderá usá-lo para promover atividades e projetos culturais, como exposições, eventos gratuitos de grande porte, implantação de programação sistemática, comissionamento de obras, instalações artísticas, projeções, oficinas, entre outras ações.
O acordo será firmado após a Coordenação de Gestão de Patrimônio, da Secretaria Municipal de Gestão, elaborar a escritura de concessão administrativa.
O Masp foi fundado em 1947 pelo empresário Assis Chateaubriand. Entre os anos de 1947 e 1990, o crítico e marchand italiano Pietro Maria Bardi dirigiu o espaço.
As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas por Bardi e adquiridas por doações da sociedade local, formando o mais importante acervo de arte europeia do hemisfério sul. Hoje, a coleção reúne mais de 11 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestuários de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas.
Inicialmente instalado na rua 7 de Abril, no centro da cidade, o museu foi transferido para a atual sede, na avenida Paulista, em 1968. O prédio é a obra-prima de Lina Bo Bardi, uma das mais importantes arquitetas modernistas e esposa de Pietro.
Utilizando como base vidro e concreto, ela criou uma arquitetura de superfícies ásperas e sem acabamentos luxuosos, que contempla leveza, transparência e suspensão. A esplanada sob o edifício, conhecida como vão-livre, foi concebida para tornar-se uma praça para uso da população.
BRUNO LUCCA / Folhapress