SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A ativista sueca Greta Thunberg, 21, voltou a chamar a atenção da imprensa internacional ao chamar Azerbaijão de “petroestado autoritário”. O país sedia a conferência do clima da ONU (Organização das Nações Unidas), a COP29, a ser concluída em 22 de novembro.
Na segunda-feira (11), a ambientalista afirmou à imprensa que a escolha de Azerbaijão como sede do evento é “mais do que absurda”, por ter sua economia baseada no mercado do petróleo e gás, conforme publicou o jornal The Washington Post. Ela participava na ocasião de um protesto em Tbilisi, capital da Geórgia.
Thunberg afirmou que, por esse motivo, decidiu não participar da conferência da ONU deste ano. Em 2023, quando o evento ocorreu nos Emirados Árabes Unidos, outro país influente no mercado internacional de combustíveis fósseis, a ativista esteve ausente.
Mukhtar Babayev, ministro da Ecologia e Recursos Naturais do Azerbaijão, foi escolhido como presidente da COP29, sob críticas de ambientalistas ao redor mundo. Ele fez carreira na estatal petrolífera de Azerbaijão.
O Brasil sediará a 30ª edição na COP em Belém (PA), em novembro de 2025. Na COP de Dubai, no ano passado, o país foi convidado a integrar a Opep+ (Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus), grupo que reúne os 13 países do cartel petrolífero original mais dez nações observadoras, sem direito a voto.
Na ocasião, os Emirados Árabes Unidos, o Azerbaijão e o Brasil chegaram a firmar uma aliança inédita, chamada de troica, com o propósito de trabalhar em conjunto para assegurar a continuidade das conferências e incentivar metas climáticas mais ambiciosas.
Ao final da conferência em 2023, representantes de quase 200 países aprovaram o texto que propõe aos Estados o início da redução do consumo global de combustíveis fósseis, para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
JORGE ABREU / Folhapress