Lula se reúne com Pacheco em meio a debates sobre sucessão, agências reguladoras e corte de gastos

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) recebe na manhã desta quarta-feira (13), em reunião no Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O encontro acontece em meio às discussões sobre a sucessão para o comando da Casa legislativa e também sobre a disputa travada entre Planalto e Senado pelo controle das indicações para as agências regulatórias.

Havia também a expectativa de que algumas linhas gerais sobre corte de gastos sejam tratadas no encontro, apesar de o governo federal afirmar nos bastidores que ainda trabalha para concluir o pacote de medidas.

Apesar de se tratar de um encontro entre dois chefes de Poderes, a reunião não constava inicialmente na agenda do presidente da República. Foi incluído cerca de uma hora após o início.

Pacheco chegou ao Planalto acompanhado dos senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Otto Alencar (PSD-BA). O primeiro é o principal cotado para assumir a presidência do Senado, a partir de fevereiro do próximo ano, já angariando apoio de bancadas governistas e mesmo de oposição.

Otto é o principal cotado para assumir a poderosa CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Também participaram os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), responsável pela articulação política do governo, e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

O encontro também acontece em meio à disputa pelas indicações para as agências regulatórias. Nos bastidores, se afirma que Alcolumbre buscava manter para o Senado e seu grupo o controle de 50% das indicações.

O Palácio do Planalto, por sua vez, quer manter para si 70% do total de indicações. A disputa, inclusive, chegou a ser motivo de afastamento do ex-senador e ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, de seus antigos aliados no Senado.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, Lula busca acertos com o Congresso Nacional para definir os nomes que vão preencher 18 vagas em agências reguladoras que estão abertas ou ficarão livres até fevereiro, mês das eleições aos comandos da Câmara e do Senado.

RENATO MACHADO / Folhapress

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