WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Os republicanos elegeram nesta quarta-feira (13) o senador John Thune, de Dakota do Sul, para substituir Mitch McConnell como o líder da maioria, que será comandada pelo partido de Donald Trump no Senado.
McConnell foi líder por 18 anos, o mais duradouro do partido. A decisão representa a escolha de um nome tradicional do partido pelos senadores, que rejeitaram outro que se mostrava mais próximo de Trump e alinhado ao Maga (sigla em inglês para “faça a América grandiosa novamente”, o slogan de Trump).
Antes da votação, Trump foi ao Congresso para um encontro com republicanos. Depois, seguiu para uma reunião com Joe Biden na Casa Branca, o primeiro retorno do eleito à residência oficial depois de deixar o governo alegando fraudes na eleição, em janeiro de 2021.
A votação foi sigilosa. Três nomes estavam no páreo. Além de Thune, disputavam John Cornyn, do Texas, e Rick Scott, da Flórida.
Do total de 100 cadeiras do Senado, os republicanos garantiram 53, o que representa uma maioria apertada, mas suficiente para aprovar projetos que exigem maioria simples.
O número não é suficiente para impedir que os democratas usem o chamado filibuster, mecanismo que a minoria pode usar para obstruir votações. A única forma de superá-lo é com 60 votos, algo que os republicanos não têm.
Ainda assim, a aprovação de juízes para a Suprema Corte americana e outras nomeações, que só requerem maioria simples, passarão sem maiores dificuldades. Além disso, em casos de empate, Trump ainda pode contar com o voto do vice-presidente eleito J.D Vance, que também atua como presidente do Senado.
A expectativa é que Trump também consiga a maioria na Câmara. Integrantes do governo brasileiro temem que o republicano tenha “caminho livre” para aprovar seus projetos no Congresso.
JULIA CHAIB / Folhapress