WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Donald Trump chegou à Casa Branca nesta quarta-feira (13) para sua primeira visita à residência oficial desde que deixou o governo, em janeiro de 2021, sem reconhecer sua derrota e alegando fraudes na eleição, para um encontro com o presidente Joe Biden.
O convite partiu de Biden, para cumprir uma tradição de que o chefe da administração receba o eleito para indicar uma transição pacífica de poder. Os dois se reúnem às 11h dos Estados Unidos (13h no Brasil) no salão Oval.
“Bem-vindo”, disse Biden a Trump. “Parabéns e espero que tenhamos uma transição tranquila”, afirmou o presidente.
O republicano respondeu dizendo que “a política é difícil e, em muitos casos, não é um mundo agradável, mas hoje é um mundo agradável”.
“Eu farei o meu dever como presidente”, afirmou Biden na semana passada. “Em 20 de janeiro, nós teremos uma transição pacífica de poder”, disse.
A transição entre ambos em 2020 foi tudo menos pacífica. Janeiro daquele ano foi marcado pela invasão dos apoiadores de Trump ao capitólio, no dia 6, que culminou em cinco mortes.
A última vez que o republicano e o democrata se encontraram foi no debate presidencial em junho, também marcado por uma clima de tensão. Na ocasião, eles nem se cumprimentaram.
Biden foi encurralado por Trump em temas-chave para o eleitorado americano, como imigração, guerras nas quais os EUA se envolveram nos últimos anos, a gestão da pandemia de coronavírus e o aborto.
O democrata começou o debate com a voz já rouca e apresentou uma performance vacilante e confusa em muitos momentos
O resultado foi péssimo para o presidente, que teve sua capacidade cognitiva questionada, e foi determinante para que ele abandonasse a corrida presidencial, o que levou Kamala Harris a se tornar a candidata do partido.
A mulher de Trump, Melania Trump, negou o convite da primeira-dama Jill Biden para um encontro também nesta quarta.
Mais cedo, o presidente eleito foi ao Congresso, onde se encontrou com republicanos e acompanhou a votação do novo líder do partido no Senado.
JULIA CHAIB / Folhapress