SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa de Mogi das Cruzes, cidade na Grande São Paulo, afirmou nesta quarta-feira (13) ter esclarecido a morte de Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador.
Responsável por mais de cem assassinatos, Pedrinho é apontado como o maior assassino em série brasileiro. Por seus crimes, passou 42 anos preso e foi solto em 2018.
Ele foi assassinado a tiros no dia 5 de março de 2023. Ele estava sentado em uma cadeira de plástico em frente a casa de familiares na rua José Rodrigues da Costa, no Jardim Náutico, quando ocupantes de um Volkswagen Gol preto o atacaram.
De acordo com a investigação, três homens estava no veículo. Dois deles deixaram o carro, sendo um deles com uma máscara do Coringa, e atiraram contra Pedrinho Matador. Um dos bandidos ainda tentou degolar a vítima com uma faca de cozinha. Pedrinho foi atingido por quatro tiros de pistola calibre 9 mm e morreu no local.
Os criminosos fugiram. O veículo foi encontrado abandonado na estrada Cruz do Século, na subida do Pico do Urubu.
Conforme a investigação, Pedrinho Matador foi morto por atrapalhar o tráfico de drogas na região. Ele morava no litoral, mas seus familiares eram daquela região. Naquele dia ele visitava parentes.
“Motivação do crime seria pelo fato de Pedro Rodrigues Filho estar impedindo o tráfico de entorpecentes no bairro Jardim Náutico, pois teria dito a traficantes da localidade que não queria a venda de drogas no local, pois tinha sobrinhos e parentes crianças”, diz um trecho de um relatório da Polícia Civil.
Um dos autores do crime, um homem de 32 anos, foi preso por policiais militares do 2º Batalhão de Choque em outubro. Ele, que foi localizado na zona sul de São Paulo, é considerado como um integrante do alto escalão do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Naquele dia os policiais patrulhavam a avenida Senador Teotônio Vilela quando resolveram abordar o condutor de um carro que fez uma manobra brusca ao ver os PMs.
O homem apresentou uma CNH, que depois se constatou ser falsa. Após consultas ao sistema da polícia se soube que ele era foragido da Justiça e integrante de uma facção criminosa. Contra ele havia dois mandados de prisão em aberto por furto, roubo e receptação.
Segundo a PM, ele era responsável pela gerência da organização criminosa, responsável pelos negócios e tomada de decisões do tráfico na região. Ele era foragido da Justiça havia quatro anos e por esse motivo, foi conduzido a uma delegacia. Somente depois de soube que ele tinha um pedido de prisão por suposto envolvimento na morte de Pedrinho Matador.
O preso foi ouvido por policiais civis do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes nesta quarta. Ele foi indiciado sob suspeita de homicídio qualificado pelo delegado Rubens José Ângelo.
A investigação prossegue com o objetivo de identificar e prender os outros participantes do crime.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress