SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os cursos de mestrado e doutorado das seis universidades públicas paulistas podem passar por mudanças a partir de 2025.
Proposta aprovada na última segunda (11) por USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e UFABC (Universidade Federal do ABC) permite maior flexibilidade aos programas.
Agora, o ingresso no mestrado pode ser feito sem a apresentação de um projeto de pesquisa e a indicação de um professor orientador. Isso poderá ser feito nos primeiros 12 meses do curso.
Terminado o primeiro ano do mestrado, os estudantes serão submetidos a um exame de qualificação para averiguar a aquisição de conhecimentos e avaliar o projeto de pesquisa. Se aprovado, o estudante poderá optar por seguir no mestrado (para conclusão em um ano) ou convertê-lo em doutorado (para conclusão em até quatro anos).
Antes, era necessário concluir o primeiro para cursar o segundo.
Gilberto Carlotti, reitor da USP, esclarece que a adesão dos programas de pós-graduação ao novo modelo é voluntária. “São várias as mudanças que estamos propondo e elas representam um grande avanço para a pós-graduação brasileira. A nossa expectativa é que 30% dos programas já façam a adesão neste primeiro ano”, afirmou.
Representando os reitores das universidades federais em São Paulo, o reitor da UFABC, Dácio Roberto Matheus, disse que “esse acordo é um instrumento inovador que desburocratiza a pós-graduação sem, no entanto, deixar de se basear no mérito e na referência da qualidade das nossas pesquisas para o desenvolvimento do país”.
Também assinaram o documento Antonio José de Almeida Meirelles (reitor da Unicamp), Maysa Furlan (vice-reitora da Unesp), Raiane Assumpção (reitora da Unifesp) e Maria de Jesus Dutra dos Reis (vice-reitora da UFSCar).
BRUNO LUCCA / Folhapress