Com o objetivo de promover a discussão e o desenvolvimento de ações para prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids no âmbito escolar, a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto e a Diretoria Regional de Ensino, criou o Projeto Conversação: Conversas e ação para prevenção das IST/Aids e gravidez na adolescência.
O Projeto Conversação surgiu da preocupação com o crescente aumento dos casos de infecção pelo HIV entre os jovens e adolescentes de Ribeirão Preto, que entre 2007 e 2016, aumentou cerca de 220% entre meninos de 15 a 19 anos e 570% entre homens de 20 a 24 anos, segundo a Secretaria Municipal da Saúde da cidade.
A iniciativa é baseada em formar multiplicadores adolescentes do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental das escolas públicas e estaduais de Ribeirão Preto, por meio da equipe do Programa IST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto e da disciplina Estágio Curricular Supervisionado em Promoção da Saúde na Educação Básica da EERP.
O projeto teve início em 2017, e atualmente está em sua sexta edição que é realizada anualmente. Segundo a professora Diene Monique Carlos, da EERP, que participa das ações de formação de multiplicadores, neste ano participaram 23 escolas municipais e estaduais, formando mais de 500 alunos multiplicadores.
Na última terça-feira (12/11), aconteceu o encerramento da sexta edição do projeto com o 6º Encontro de Multiplicadores do Projeto Conversação, realizado no auditório da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP. O evento contou com apresentação da bateria da FDRP, coral da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP e apresentação poética com o grupo Encruza Arte.
Diene aponta que “o projeto é de grande importância para os adolescentes, pois se pauta num olhar integral à saúde, que além de pensar na prevenção, permite empoderamento e protagonismo, em que eles são os próprios multiplicadores do conhecimento. Além do mais, permite o exercício do autoconhecimento e autocuidado”.
Além disso, a professora também diz que o curso de enfermagem da USP apoia o exercício de repertórios necessários para a prática docente, e que a iniciativa permite que os graduandos exercitem ações que se relacionam com o Programa Saúde na Escola (PSE) do Ministério da Educação, preparando de forma crítica e coerente os graduandos.
**Por Jornal da USP