Saiba como a Proclamação da República é retratada na arte e na literatura

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A mudança de um regime político não é assunto leve para as artes. Quando a tentativa de retomada da monarquia francesa fracassou, em 1830, os valores iluministas guiaram pinturas célebres como “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugene Delacroix.

No Brasil, a transição da monarquia para a república, que é celebrada no dia 15 de novembro, teve impacto similar. Instaurada por militares positivistas, a república brasileira se baseava em valores derivados do iluminismo, mas também inspirados nas ideias de progresso e ordem, lema cravado na bandeira do país.

Veja algumas obras que abordam a proclamação da república e os primeiros anos da república brasileira:

‘PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA – BENEDITO CALIXTO

Uma das imagens e referências mais conhecidas do momento da proclamação, a pintura mostra a centralidade da figura dos militares no evento. Bem diferente da pintura de Delacroix, que mostrava o povo francês como participante ativo das mudanças sociais em curso.

‘OS SERTÕES’ – EUCLIDES DA CUNHA

Dividido em três partes, o livro é um dos principais documentos sobre a guerra de Canudos. O conflito que se desenvolveu no sertão da Bahia foi um dos primeiros embates da primeira república brasileira e o livro discute a relação entre as forças do exército e grupos pobres e religiosos do interior.

O autor discute se a república teria, de fato, capacidade de superar as diferenças internas do país.

A obra foi encenada pelo Teatro Oficina nos anos 2000 e virou um filme de Sergio Rezende, em 1997.

‘ESAÚ E JACÓ’ – MACHADO DE ASSIS

Uma das últimas obras de Machado de Assis, tem a transição política e o período agitado da queda do império como pano de fundo para falar sobre a relação entre os irmãos gêmeos Esaú e Jacó.

MONUMENTO À REPÚBLICA

Localizado no centro de Belém, no Pará, o monumento foi inaugurado quatro anos depois da proclamação da república. Na época do império, o largo em que é localizado se chamava praça Pedro 2º, depois foi rebatizado de praça da República.

Redação / Folhapress

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