Em Turim, Jannik Sinner é o primeiro italiano a conquistar o ATP Finals

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Número 1 do mundo, o tenista Jannik Sinner, 23, entrou para história do seu país como o primeiro italiano a conquistar o ATP Finals neste domingo (17), em Turim. Com o apoio da torcida, Sinner venceu o norte-americano Taylor Fritz, 27, por 2 sets a 0 (duplo 6/4), na decisão do título.

Realizado desde 1970, o torneio reúne oito primeiros colocados no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e marca o fim da temporada do tênis masculino.

No ano passado, Sinner esteve perto de levantar a taça, mas foi superado pelo sérvio Novak Djokovic, o maior campeão da competição com sete títulos.

Campeão de forma invicta, o número 1 do mundo receberá uma premiação de US$ 4,9 milhões (R$ 28 milhões).

Já o norte-americano deixará a Itália com o quarto lugar no ranking mundial garantido, após eliminar na semifinal o alemão Alexander Zverev, vice-líder do ranking e que tentava o seu terceiro título.

Neste domingo, a partida começou bastante equilibrada, e com Fritz liderando o placar do primeiro set. O italiano só conseguiu ficar à frente (4 a 3) em um game disputadíssimo e que durou pouco mais de sete minutos.

No segundo set, Fritz voltou a largar na frente até que Sinner quebrou o serviço do adversário para fazer 3 a 2 e assumir a ponta. No game seguinte, o italiano deixou o americano atordoado com a sua paralela e ampliou a vantagem.

A final do ATP Finals entre Sinner e Fritz também foi uma reedição da decisão do US Open, em setembro deste ano. Em pleno território americano, o italiano não se intimidou com a torcida voltada para Fritz e conquistou o título com a vitória por 3 sets a 0 (6/3, 6/4 e 7/5).

Assim como no ATP Finals, ele é o primeiro tenista homem da Itália campeão do US Open. Além do US Open, Sinner faturou outro Grand Slam nesta temporada, o Australian Open, igualando com o espanhol Carlos Alcaraz, que conquistou Roland Garros e Wimbledon.

Outro favorito ao título no ATP Finals, Alcaraz sofreu com um forte resfriado e não passou da fase de grupos, com derrotas para Zverev e o norueguês Casper Ruud.

Sinner, em ótima fase dentro de quadra, atravessa um processo para provar a sua inocência após testar positivo pelo uso da substância clostebol, um esteroide anabolizante proibido, em dois testes —durante e depois do torneio Masters 1000 de Indian Wells, em março deste ano.

Em sua defesa, ele argumenta que um fisioterapeuta usou um spray com clostebol para tratar um ferimento em sua própria pele. E o italiano, então, teria se contaminado após a sua pele ter contato com o fisioterapeuta numa sessão de massagem. Sinner, inclusive, demitiu o fisioterapeuta Giacomo Naldi e Umberto Ferrara.

A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) ficou convencida com a defesa do jogador e decidiu não suspendê-lo. Sinner, no máximo, perdeu os 400 pontos e a premiação em dinheiro que obteve em Indian Wells.

Em setembro, a Wada (Agência Mundial Antidoping) entrou com recurso ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS), pleiteando uma suspensão de até dois anos para Sinner. A Wada afirmou, em um comunicado sobre o caso, que a constatação de “nenhuma falha ou negligência” não estava correta sob as regras aplicáveis.

O tribunal, que é a última instância da Justiça Desportiva, deverá julgar o recurso no começo do ano que vem —ainda não há uma data agendada. Em Turim, Sinner disse que está otimista com o desfecho do caso.

“Não é uma posição em que eu gostaria de estar, mas vou trabalhar com todo o meu time, como fiz antes, e então veremos o que acontece. Estou muito otimista em relação ao resultado”, disse o tenista ao ser questionado sobre o caso antes da semifinal.

Redação / Folhapress

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