SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A prova de primeira fase da Fuvest, realizada neste domingo (17), foi a que teve o menor índice de abstenção da história desta fase do vestibular: 7,48%. Foram 8.031 candidatos inscritos que não participaram.
Gustavo Ferraz de Campos Monaco, diretor executivo da Fuvest, exaltou este feito e destacou que este ano foram 1.500 pessoas a menos que faltaram ao exame: de 9.500 em 2023 pulou para 8.000 este ano. No geral, a abstenção variou de 4,09% até 12,47%.
A cidade de maior índice foi Barretos, com os 12,47% de ausências, seguida por Registro, com 10,29%. Já a que teve o menor número de faltantes foi Pirassununga, com 4,09%, e Piracicaba, com 5,42%. Na capital, o índice foi de 7,94%, um décimo acima da média do estado.
“Temos alguns fatores que explicam essa baixa abstenção. O primeiro é a percepção que temos o maior índice de efetividade. Ou seja, quem se inscreve é quem pretende fazer a prova. Isso nem sempre foi desta forma. Houve períodos na história em que muitas pessoas se inscreviam mas não apreciam para fazer a prova. Na pandemia também foi grande a abstenção por questão médica”, analisa Monaco.
A prova foi realizada na capital paulista e em outras 31 cidades da região metropolitana e do interior de São Paulo.
O diretor também anunciou uma novidade para a próxima edição da Fuvest. A partir do ao que vem, a fundação vai fazer uma parceria com o curso de pós-graduação de psicologia da USP para fazer o atendimento dos alunos que tiverem problemas de ansiedade.
“Este ano houve muitos casos de ansiedade dos candidatos. Isso demonstra uma circunstância nova com a qual temos lidado nos últimos anos e hoje nós firmamos com uma professora de psicologia da USP para que na Fuvest 2026 nós tenhamos a possibilidade para qualquer inscrito requerer apoio psicológico”, explica Monaco.
Ele explica que a ideia é que na ficha de inscrição já tenha a possibilidade de o candidato requerer a participação nas rodas de conversas. “Nessas rodas vão ser abordadas temas como lidar com a ansiedade, como lidar com a pressão. Vão ser encontros online e serão para todos os candidatos que desejarem. O instituto garante que vai conseguir atender em horários coletivos de grupos pequenos de alunos.
Em relação aos problemas na realização da prova, Monaco conta que houve alguns incidentes que foram prontamente resolvidos, como dois casos de aparelho de ar condicionado pingando sobre os candidatos, que tiveram de trocar de lugar. E outro em que a janela bateu e o vidro quebrou sobre o candidato. Ele não se machucou e foi transferido.
Além desses, houve quatro pedidos de realização da prova em hospitais. Um deles foi retirado pela candidata porque ela piorou sua condição clínica e não pôde realizar o exame. Outros três internados fizeram as provas acompanhados pelos fiscais da Fuvest.
CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress