A Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia Seccional de Ribeirão Preto, deflagrou nesta segunda-feira (18) a Operação Engodo, com o objetivo de cumprir 15 mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão.
A ação conta com a participação de policiais civis da Delegacia Seccional de Ribeirão Preto, da CPJ Integrada, das Delegacias de Serrana, Cajuru, Cravinhos, Luís Antônio, Brodowski, Altinópolis, DDI, DDM, DIJU e do GOE da DEIC.
Após investigações com o emprego de técnicas modernas, os agentes competentes identificaram uma associação criminosa estabelecida para prática de estelionatos por meio eletrônico.
O grupo pratica duas grandes modalidades: mediante anúncios em buscadores de internet que remetem vítimas a compras em falso site de grande empresa de e-commerce conhecida no mercado, cujos pagamentos são direcionados para pessoas físicas ou na maioria das vezes jurídicas inexistentes de fato e que fazem uso de nome fantasia que de alguma forma remete à empresa de e-commerce criando assim uma cortina de fumaça para as vítimas efetivarem o pagamento decorrente do estelionato eletrônico as quais, ao verem o nome fantasia acreditam se tratar de instituição vinculada àquela grande empresa de e-commerce.
A outra, o golpe do WhatsApp, mediante envio de mensagens com conteúdo falso, como se fossem familiares da vítima, que acabam realizando transferências bancárias acreditando que estão ajudando o suposto familiar, golpe este que enseja a obtenção de valores de maior vulto pelo grupo criminoso.
Os valores provenientes dos mencionados crimes eletrônicos são transferidos não somente para conta de pessoas jurídicas inexistentes de fato (como já mencionado), mas também para inúmeras pessoas físicas. Com o aporte dos valores ilícitos nas citadas contas o grupo criminoso cuida de realizar a rápida pulverização entre inúmeras contas bancárias, realizando transferências e também diversos saques em espécies.
Para dificultar trabalhos investigativos os valores são pulverizados inúmeras vezes entre contas de terceiras pessoas chamadas de “conteiras” (seriam “conteiros” remotos, que se beneficiam de pequenas remunerações por ceder/emprestar as contas), em contas dos efetivos integrantes do grupo para benefício próprio e para saques em espécie.
Após as investigações foi possível identificar a participação de 26 pessoas envolvidas na atividade criminosa, bem como a utilização de 15 empresas “fantasmas”. Foram decretadas 15 prisões temporárias e 09 mandados de busca, cujas diligências estão sendo realizadas pela Polícia Civil.
São investigadas 26 pessoas físicas e 15 pessoas jurídicas ao todo, e foram identificadas cerca de 50 vítimas do grupo criminoso só no Estado de São Paulo, que tiveram um prejuízo que se aproxima de um milhão de reais.
Foram analisadas mais de cem contas bancárias e inúmeras transações financeiras realizadas.
Já foram presos sete investigados, apreendidos grande quantidade de celulares, chips de celulares, computador, noteiro e R$40.900,00.
A ocorrência ainda está em andamento, e o texto será atualizado conforme a divulgação de novas informações sobre o caso.