Corpo de montanhista é resgatado com técnica de rapel em SC

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após várias tentativas e uma grande mobilização estratégica, o Grupo de Resgate em Montanha concluiu nesta terça-feira (19) a operação para retirar o corpo de um montanhista de 29 anos de uma área de difícil acesso no Pico Jurapê, em Joinville (SC).

Morador de Itajaí, Bruno Rogério Corrêa percorria a trilha sozinho no começo do mês quando se perdeu e caiu em um buraco na tentativa de achar o caminho de volta.

Ele ligou para a família e para o Corpo de Bombeiros pedindo ajuda, o que deu origem a uma organização que envolveu helicóptero, drones e equipes de rapel.

O Grupo de Resgate em Montanha foi acionado no dia 7 de novembro, um dia após Bruno começar a subida ao pico, que tem 1.149 metros de altitude e é considerado complexo. Na ligação em que pediu ajuda, ele afirmou que a bateria do celular estava baixa e que estava machucado.

Bruno foi orientado a enviar a localização pelo Whatsapp e a permanecer no local. No entanto, segundo as equipes de resgate, ele se movimentou, o que dificultou ainda mais as buscas.

De acordo com o Grupo de Resgate em Montanha, a operação para encontrá-lo foi uma das mais complexas já realizadas em Santa Catarina e envolveu 50 pessoas. O trabalho reuniu várias equipes especializadas, como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e o Batalhão de Operações Aéreas.

As buscas duraram seis dias e foram realizadas por terra e ar. Objetos que pertenciam ao montanhista foram encontrados e, em seguida, o corpo foi localizado em uma área de difícil acesso, abaixo de um paredão com mais de 200 metros de altura.

A situação foi agravada pela condição climática adversa, o que obrigou as equipes a suspenderem por alguns dias a operação.

O trabalho foi retomado na segunda-feira (18), porém não deu certo o plano de realizar uma descida por helicóptero até o corpo. A equipe foi deixada pela aeronave no cume do Pico Jurapê e, de lá, desceu até a vítima usando a técnica de rapel, enfrentando dificuldades como a altura do paredão e a falta de pontos de ancoragem.

Por fim, foi necessário abrir uma clareira na mata para que o corpo, colocado em uma maca, fosse içado pelo helicóptero Águia que participou da operação.

O próximo passo do trabalho teve como objetivo a retirada da equipe do local de difícil acesso. Outro grupo de resgate foi deslocado para ajudar no retorno, e a operação foi concluída na madrugada de segunda.

CRISTINA CAMARGO / Folhapress

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