Essa foi a reação do vereador Maurício Gasparini (PSDB) ao ouvir a fala, proferida pelo colega Marinho Sampaio (MDB), na qual o edil afirmou que o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) teria dirigido bêbado e causado um acidente. “Se formos puxar num passado recente, tivemos o prefeito, completamente embrigado, quando tombou o carro na rodovia que liga Ribeirão Preto a Bonfim (…) e até hoje eu não vi multa, não vi indiciamento, não vi nada”, declarou, durante a sessão online da Câmara nesta terça-feira (19). O tema do assunto era a instalação de radares e a fiscalização de trânsito.
O acidente
A fala de Marinho diz respeito a um acidente, ocorrido no dia 22 de dezembro de 2019 e divulgado em primeira mão pelo portal do Grpo Thathi, no qual o prefeito perdeu o controle do carro que dirigia e tombou o veículo, com as quatro rodas para cima, na vicinal da rodovia que liga a cidade ao distrito. A versão oficial é que o prefeito se descontrolou e caiu em uma ribanceira. Ele deixou o local antes da chegada da polícia militar rodoviária.
Responsabilidade
O comentário de que Nogueira estaria alcoolizado foi divulgado no dia seguinte ao acidente, e não houve qualquer comprovação nesse sentido. Certamente o vereador terá que arcar com o custo de suas palavras, talvez até judicialmente. Apesar disso, deu voz ao que sempre rolou nos bastidores, tanto da política quanto da imprensa. Se é vero ou não, apenas o prefeito pode responder.
Coerência
Antes como agora, este corneta repudia qualquer comentário no sentido de se atribuir ao prefeito Nogueira uma conduta criminosa. Como fiz questão de dizer logo depois do acidente. Junto-me, portanto, ao coro iniciado por Gasparini: Oh loco, Marinho!
Bravo
Marinho, por sinal, estava bravo com Nogueira ontem. Em entrevista anterior, dada ao Grupo Thathi, ao falar sobre resposta dada a requerimento do vereador na questão das ambulâncias, fez pesadas críticas ao prefeito e à administração. O prefeito informou, via assessoria, que não vai comentar as críticas.
Calúnia
Em tempo, dirigir bêbado é crime. O que pode configurar, por sua vez, a declaração de Marinho, se não puder ser provada, como calúnia, ou seja, o ato de atribuir um crime a alguém, além de injúria e difamação. Nogueira, o mais novo estudante de direito da cidade, certamente tem consciência disso. Vamos ver as cenas dos próximos capítulos. Nogueira pode, ainda, cobrar o parlamentar em eventuais ações de reparação de dano na esfera civil. A prova está online, disponível para quem quiser.
Linconl
Ressalte-se, entretanto, que situação similar viveu, recentemente, Linconl Fernandes (PDT), presidente da Casa, recentemente condenado pela Justiça a indenizar Nogueira em R$ 15 mil por qualificá-lo como “ladrão de merenda”. No caso, Nogueira acionou a Justiça, exigindo indenização na esfera cívil. A declaração, entretanto, foi dada em um programa de rádio, não na sessão da Câmara. Resta ver o que o prefeito fará agora.
