O empresário Danir Garbossa, 58, agora é réu por homicídio, após a juíza Débora Cassiano Redmond, da Vara Criminal de Araucária, aceitar nesta segunda-feira (18) pedido do MPPR (Ministério Público do Paraná) pela morte em 28 de abril passado, de Sandra Ribeiro, 45, funcionária de um supermercado da cidade na região metropolitana de Curitiba.
Garbossa se recusou a utilizar uma máscara para entrar no supermercado e após agredir um fiscal foi confrontado por um segurança. Ambos os homens entraram em confronto físico e dois disparos da arma do segurança foram realizados, um deles acertando o pescoço de Sandra, que faleceu ainda durante o atendimento médico.
O segurança Wilhan Soares, 28, não havia sido denunciado pelo MPPR e a decisão da juíza Débora Cassiano Redmond arquivou o processo contra o funcionário.
Soares chegou a ser preso em flagrante pelo crime de homicídio e precisou pagar fiança de R$ 10 mil para ser liberado. Já Garbossa segue detido na Delegacia de Araucária.
Em sua decisão, Redmond afirmou que as imagens das câmeras de segurança do supermercado e os relatos de funcionários e clientes apontam que Garbossa tentou retirar a arma de Soares.
Redmond salienta que o segurança apenas “procurou epelir injusta agressão se utilizando de meios necessários aplicados de forma moderada, efetuou o disparo”.
Por fim, a magistrada reforçou que mesmo após os dois disparos, Garbossa ainda tentou agredir Soares e roubar a arma do segurança.
Já a defesa do empresário reforça que a tipificação do crime de homicídio é equivocada, apontando que existe “parcialidade” desde o início do processo.
O advogado de defesa Ygor Nasser Salmen ainda reforça que a culpa da morte de Sandra Ribeiro deve recair sobre o segurança, que segundo Salmen é “despreparado, sem qualquer função dentro de um estabelecimento comercial com grande rotatividade de pessoas”.
Já os advogados da família de Sandra Ribeiro apontam que o único culpado pela morte foi Garbossa e que irá lutar para o caso ir a júri popular “para que a sociedade de Araucária, decida se aquele ato covarde merece uma severa reprimenda ou não”.