SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Os muros do Parque São Jorge, sede social do Corinthians, foram pichados com mensagens contra o impeachment do presidente Augusto Melo. O Conselho Deliberativo (CD) do clube votará a questão nesta quinta-feira (28).
Frases como “não vai ter golpe” e “traidores” foram estampadas nos muros do Parque São Jorge. Houve também referência ao ex-presidente do clube Andrés Sanchez.
O Conselho Deliberativo do clube votará se há motivos para o encaminhamento do pedido de impeachment. Conselho de Orientação (Cori) recomendou, na última segunda-feira (25), o afastamento do mandatário.
Muros do Parque São Jorge amanheceram pichados nesta terça-feira (26). Protestos contra a votação do Impeachment de Augusto Melo. Na próxima quinta-feira, os conselheiros do Corinthians irão deliberar se há motivos para o encaminhamento do pedido de Impeachment pic.twitter.com/AM3FtF8xjQ
Augusto Melo apontou que o processo é um “golpe” e alegou ter o apoio da torcida. O dirigente compareceu ao Arena SBT na noite da última segunda-feira (25).
“Isso é um golpe. Tentaram dar um golpe na gente na eleição e tentam novamente agora. A torcida está com a gente. Vocês viram a revolução dos jogadores, que foi uma surpresa. Trocamos contratos que não eram bons para o Corinthians. Talvez isso esteja incomodando alguém”, disse Augusto Melo ao Arena SBT.
COMO SERÁ O PROCESSO DE IMPEACHMENT
Na reunião desta quinta, os conselheiros irão deliberar se há motivos para o encaminhamento do pedido de impeachment.
Após as deliberações, o Conselho abre votação para aprovar o impedimento, que acontece de forma secreta.
É necessário ter maioria simples de votos dos conselheiros presentes na reunião. São 302 no total, mas normalmente nem todos comparecem às sessões.
Caso a destituição seja aprovada, o CD tem até cinco dias para convocar uma assembleia geral de associados para votar o impeachment em última instância.
Neste meio tempo, o presidente é afastado de forma preventiva até a nova votação. Não há um prazo definido para que a votação dos sócios do clube aconteça.
A decisão dos sócios é definitiva, e o pleito funciona no mesmo sistema de maioria simples.
Quem assume as funções é o 1º vice-presidente, ao ficar vaga a cadeira da presidência por cassação de mandato, segundo o Art. 108. Neste cenário, Osmar Stábile assumiria o cargo.
Depois, fica a critério do presidente do Conselho estabelecer uma data para eleição indireta, na qual apenas os conselheiros vitalícios e trienais podem votar.
Redação / Folhapress