RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Don Julio, da Argentina, foi eleito o melhor restaurante da América Latina pelo 50 Best, considerado um dos principais rankings do gênero. A cerimônia foi realizada no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, nesta terça (26). A casa liderou a lista em 2020.
O segundo lugar ficou com o Maido, do Peru, e o terceiro, com o El Chato, da Colômbia.
Na 7ª colocação, o carioca Lasai, do chef Rafa Costa e Silva, que em 2023 estava em 14º, se tornou o brasileiro mais bem representando na lista dos 50 melhores. Em um balcão, ele serve apenas dez clientes por vez.
Formado pelo Culinary Institute of America (CIA), em Nova York, Rafa, como é conhecido, foi sous-chef do espanhol Mugaritz, de Andoni Aduriz. Um dos restaurante de mais destaque da história da lista, Mugaritz esteve por 14 vezes entre os 10 melhores restaurantes do ranking mundial.
A Casa do Porco, até então o melhor restaurante brasileiro da lista, caiu 11 posições neste ano, ficando no 15º lugar. O restaurante manteve-se na 4ª posição pelas duas últimas edições. Em 2021, estava em 11º. E, em 2020, também faturou o 4º lugar.
O Tuju, restaurante do chef Ivan Ralston, em São Paulo, ganhou o prêmio especial de hospitalidade e estreou na lista na 16ª posição, fazendo uma entrada triunfante na lista. Reaberta em 2023, a casa faz cozinha autoral pautada em ingredientes sazonais, servidos em um menu-degustação de dez passos. Tem ainda um centro de pesquisa e criatividade que visita produtores paulistas para explorar itens regionais.
O italiano Evvai, de Luiz Filipe Souza, em São Paulo, subiu duas colocações, alcançando o 20º lugar. Em 21º, o carioca Oteque, do chef Alberto Landgraf, caiu uma posição em relação ao ano passado.
Na capital paulista, o Nelita, de Tássia Magalhães, caiu cinco posições (26º). Já o Metzi, que em 2023 estava em 18º lugar, foi para 27º neste ano. O Maní, de Helena Rizzo, ficou em 35º -em 2023, estava em 34º.
O paulistano Kotori, de Thiago Bañares, também dono do Tan Tan, fez sua estreia na lista em 50º lugar.
O primeiro prêmio especial da noite, chamado One to Watch, dado a restaurantes com potencial dentro da região, foi para o Clara Restaurante em Quito, Equador.
O mexicano Lunario, do Vale de Guadalupe, levou o segundo prêmio especial da noite, de restaurante sustentável.
O título de melhor sommelier ficou com Laura Hernandes Espinosa, filha da chef Leonor Espinosa, do Leo, de Bogotá, Colômbia.
O 50 Best elege os melhores ao compilar votos de 300 jurados, divididos entre profissionais da gastronomia, como chefs e proprietários de restaurantes, jornalistas e foodies. Eles escolhem dez estabelecimentos em ordem de preferência que tenham visitado pela América Latina -quatro das indicações devem ser de fora da área ou continente que estão representando.
O prêmio foi realizado na capital fluminense depois de um investimento de R$ 3,5 milhões da Prefeitura do Rio de Janeiro -que pagou o mesmo valor para sediar a festa no ano passado.
Em maio, a capital fluminense também recebeu a festa de premiação da edição Rio-São Paulo do Guia Michelin, que não era publicado desde 2020. O guia foi retomado depois de um investimento conjunto de R$ 9 milhões das prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro para viabilizar o prêmio até 2026 -mais um extra de R$ 1,9 milhões desembolsados pela Prefeitura do Rio apenas para a festa acontecer. Agora, a Prefeitura de São Paulo está em tratativas para que a festa do prêmio francês seja realizada no ano que vem na capital paulista.
VEJA A LISTA COMPLETA
1. Dom Julio (Buenos Aires, Argentina)
2. Maido (Lima, Peru)
3. El Chato (Bogotá, Colômbia)
4. Kjolle (Lima, Peru)
5. Boragó (Santiago, Chile)
6. Celele (Cartagena, Colômbia)
7. Lasai (Rio de Janeiro, Brasil)
8. Mérito (Lima, Peru)
9. Quintonil (Cidade do México, México)
10. Leo (Bogotá, Colômbia)
11. Nuema (Quito, Equador)
12. Alcalde (Guadalajara, México)
13. Mayta (Lima, Peru)
14. Maito (Cidade de Panamá, Panamá)
15. A Casa do Porco (São Paulo, Brasil)
16. Tuju (São Paulo, Brasil)
17. Fauna (Valle de Guadalupe, México)
18. Gran Dabbang (Buenos Aires, Argentina)
19. Rafael (Lima, Peru)
20. Evvai (São Paulo, Brasil)
21. Oteque (Rio de Janeiro, Brasil)
22. Sublime (Cidade de Guatemala, Guatemala)
23. Villa Torél (Ensenada, México)
24. Pujol (Cidade do México, México)
25. Sikwa (San José, Costa Rica)
26. Nelita (São Paulo, Brasil)
27. Metzi (São Paulo, Brasil)
28. Cosme (Lima, Peru)
29. Mishiguene (Buenos Aires, Argentina)
30. La Mar (Lima, Peru)
31. El Preferido de Palermo (Buenos Aires, Argentina)
32. Arca (Tulum, México)
33. Trescha (Buenos Aires, Argentina)
34. Niño Gordo (Buenos Aires, Argentina)
35. Maní (São Paulo, Brasil)
36. Huniik (Mérida, México)
37. Julia (Buenos Aires, Argentina)
38. Gustu (La Paz, Bolívia)
39. Mercado 24 (Cidade da Guatemala, Guatemala)
40. Cantina de Tigre (Cidade do Panamá, Panamá)
41. Lo de Tere (Punta del Este, Uruguai)
42. Manuel (Barranquilla, Colômbia)
43. Máximo Bistrot (Cidade do México, México)
44. Cordero (Caracas, Venezuela)
45. Humo Negro (Bogotá, Colombia)
46. Aramburu (Buenos Aires, Argentina)
47. Sud 777 (Cidade do México, México)
48. Roseta (Cidade do México, México)
49. Mil (Moray, Peru)
50. Kotori (São Paulo, Brasil)
MARÍLIA MIRAGAIA / Folhapress