RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi vítima de uma tentativa de assalto na tarde de terça (26), no bairro de Olaria, zona norte do Rio de Janeiro.
Houve troca de tiros entre supostos seguranças do religioso e os criminosos. Apesar do confronto, Malafaia, que seguia para a sede de sua igreja, na Penha, não foi atingido.
O caso ocorreu na rua Professor Plínio Bastos, por volta das 18h, quando os suspeitos abordaram o veículo blindado do pastor, um BMW, e exigiram que ele abaixasse os vidros.
De acordo com relato à polícia, Malafaia não teria atendido à ordem, e seus seus seguranças, que estavam em outro carro, um Corolla, reagiram. Uma câmera de segurança filmou a ação. No vídeo, é possível ver pessoas que estavam na rua correndo dos disparos.
A assessoria de imprensa do pastor ainda não se manifestou após o contato da reportagem na tarde desta quarta-feira (27).
Após o confronto, os assaltantes fugiram sem levar nada. Horas mais tarde, um homem foi detido ao procurar um hospital para tratar ferimentos. Ele é suspeito de participação no crime. A polícia identificou o suspeito de tentativa de assalto ao pastor como Gabriel Ribeiro Pedro, 23. Ele foi ferido durante a ação em Olaria.
Agentes da polícia afirmam que o suspeito disse ser integrante do Comando Vermelho e atuante na favela do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Gabriel, que já tem anotações criminais por suspeita de tráfico e receptação de moto roubada, foi preso nesta quarta (27) e passará por audiência de custódia. A reportagem não conseguiu localizar sua defesa.
Os policiais militares envolvidos na troca de tiros com suspeitos da tentativa de assalto a Silas Malafaia estavam em um carro que pertence à Assembleia de Deus Vitória em Cristo, igreja da qual o pastor é líder.
A confirmação da propriedade do veículo foi realizada pela reportagem em consulta a banco de dados e não consta no relatório policial. A reportagem não conseguiu contato com os policiais.
A informação de que esses policiais seriam seguranças do pastor teria sido dita por eles aos agentes que atenderam o caso.
No entanto, no boletim de ocorrência, esses policiais afirmaram que estavam passando pelo local durante suas folgas. Eles afirmaram que estavam em um carro, parados atrás do veículo do pastor, e que também seriam vítimas da tentativa de assalto.
Ainda segundo a polícia, os três agentes não mencionaram que atuariam como seguranças ou citaram o nome do pastor.
A Polícia Militar afirma, por meio de nota, que foi acionada para atender a ocorrência. Ainda segundo a corporação, as vítimas da tentativa de assalto eram três policiais militares que estavam de folga.
“De acordo com o comando da unidade, no local os agentes constataram que entre as vítimas estavam três policiais militares que estavam de folga. Os militares relataram que transitavam em um veículo particular quando foram abordados por criminosos armados, que chegaram em um segundo automóvel e anunciaram o assalto”, disse a corporação.
A reportagem apurou que a Corregedoria da PM averigua as declarações dos agentes para saber se os mesmos trabalhavam como seguranças remunerados do pastor no período de folga. Suas identidades não foram divulgadas.
BRUNA FANTTI / Folhapress