Senador republicano propõe abolir Departamento de Educação dos EUA

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O senador republicano Mike Rounds apresentou um projeto de lei nesta quinta-feira (27) para abolir o Departamento de Educação dos Estados Unidos.

Chamado de “Returning Education to Our States Act” (Devolvendo a Educação aos Nossos Estados, em tradução livre), o projeto precisa de 60 votos no Senado para ser aprovado, segundo o The Guardian. A partir de 2025, a Casa será controlada pelos republicanos, com 53 cadeiras, contra 47 dos democratas.

Se aprovado, o projeto de lei repassaria 200 bilhões de dólares destinados ao departamento para outras agências federais e estados. “O Departamento de Educação federal nunca educou um único aluno, e já passou da hora de acabar com esse departamento burocrático que causa mais mal do que bem”, disse Rounds.

As principais responsabilidades do Departamento de Educação seriam redirecionadas para outros órgãos:

A administração de empréstimos estudantis federais se tornaria responsabilidade do Departamento do Tesouro;

A Educação para Indivíduos com Deficiências, que aplica proteções para os 7,5 milhões de alunos com necessidades especiais, ficaria sob o Departamento de Saúde e Serviços Humanos;

O programa Fulbright-Hays, que oferece suporte a projetos de pesquisa, treinamento e desenvolvimento de currículos em outros países, seria supervisionado pelo Departamento de Estado.

Em sua campanha, o presidente eleito Donald Trump enfatizou, repetidamente, que uma de suas políticas educacionais era fechar o Departamento de Educação. Segundo ele, a secretaria acabaria para “criar um novo órgão de credenciamento que será o padrão ouro em qualquer lugar do mundo para certificar professores que adotam valores patrióticos, apoiam nosso modo de vida e entendem que seu trabalho não é doutrinar crianças”.

Ele também prometeu devolver a escolha de escola aos estados e cortar o financiamento federal para qualquer escola ou programa que ensine “teoria crítica da raça, ideologia de gênero ou outro conteúdo racial, sexual ou político inapropriado”.

Logo após vencer a eleição presidencial de 2024, Trump alegou sem fundamento que o departamento de educação era composto por muitas pessoas que “em muitos casos, odeiam nossas crianças” e disse “queremos que os estados administrem a educação de nossas crianças, porque eles farão um trabalho muito melhor”.

No início deste mês, Trump escolheu Linda McMahon para servir como sua secretária de educação. Ela responde a um processo aberto em outubro por suposta exploração sexual de adolescentes.

Trump e Rounds não são os primeiros. Lançado em 1980 pelo então presidente Jimmy Carter, o Departamento de Educação foi alvo do seu sucessor no mesmo ano, Ronald Reagan, que fez campanha para eliminar o departamento recém-formado.

Redação / Folhapress

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