A empresa escolhida para alugar, por R$ 1,1 milhão, quatro ambulâncias para a prefeitura soube, de forma antecipada, o preço oferecido pelas concorrentes para a realização do serviço. A compra, feita sem licitação, é alvo de investigação da Polícia Federal, da Câmara de vereadores e também do Ministério Público.
A informação foi confirmada por Jane Aparecida Cristina, enfermeira que ocupa o cargo comissionado de assistente do secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, durante oitiva da CPI que investiga o caso, na Câmara.
“Eu avisei a SOS que ela seria contatada para entrar na pesquisa de preços. Eu passei a estimativa de preços à empresa”, disse Jane. Segundo ela, o secretário Sandro Scarpelini não tinha ciência da situação.
Depoimentos
O depoimento ocorreu na terça-feira e contou ainda com as oitivas de Heloisa Helena de Almeida Batista, comissionada no cargo de diretora do Departamento Administrativo e Financeiro da Secretaria Municipal da Saúde, e Margarete Marim Corat, agente de administração da Secretaria da Saúde.
Jane também confirmou aos vereadores que solicitou no sábado, 21 de março, que fosse incluída a empresa SOS Urgência Médica no processo e, no mesmo dia, entrou em contato através do celular particular do proprietário da empresa, Anibal Carneiro, fornecendo a estimativa de preços. No depoimento de Heloisa, a mesma alega não ser habitual o fornecimento destes dados.
Ela ainda declarou que não houve qualquer irregularidade no processo. “Esse momento é um momento aberto da licitação. A fase que a Secretaria de Saúde realiza não é sigilosa, todos podem ter acesso aos dados”, disse. Ela também informou conhecer o proprietário da empresa devido ao seu trabalho desenvolvido no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Confira o depoimento na integra aqui: https://www.youtube.com/watch?v=uU4GTvoqFA0