RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O diretor da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) Jarbas Barbosa expressou, em conversa com jornalistas na terça-feira (10), preocupação com o aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas, em 2024.

Em 2024, a região enfrentou a maior epidemia de dengue desde 1980, quando os registros começaram a ser realizados. Os países notificaram mais de 12,6 milhões de casos, quase três vezes mais do que em 2023. Mais de 21 mil deles foram graves. O número de mortes passou de 7.000.

Argentina, Brasil, Colômbia e México respondem por 90% dos casos e 88% dos óbitos –Brasil tem a maioria.

Barbosa ressaltou que a dengue representa um risco maior do que o normal para as crianças. Em países como a Guatemala, 70% das mortes por dengue ocorreram em crianças. Menores de 15 anos representam mais de um terço dos casos graves em países como Costa Rica, México e Paraguai.

Segundo o diretor da Opas, a situação está relacionada a eventos climáticos que favorecem a proliferação de mosquitos, bem como à urbanização não planejada, ao acúmulo de água e à má gestão de resíduos, que criam criadouros do vetor.

Jarbas Barbosa destacou que existem estratégias eficazes que os países podem tomar para controlar os surtos e mitigar o impacto das doenças, e ressaltou a importância da colaboração entre os países.

Ele mencionou a implementação da Estratégia de Gestão Integrada para a Prevenção e Controle de Arboviroses da Organização como um esforço fundamental para “manter relativamente baixos os casos graves e fatais por meio de um melhor manejo dos pacientes”. O documento tem como objetivo fazer recomendações e orientar gestores para que cada país tome medidas corretivas com base nas avaliações feitas.

Além do Brasil, da Argentina e do Peru, Honduras planeja introduzir a vacina contra a dengue em 2025. Barbosa ressaltou que o imunizante atual não impedirá a propagação do vírus a curto ou médio prazo e não proporciona alívio imediato durante um surto.

Em relação à febre oropouche, em 2024, mais de 11,6 mil casos foram notificados em 12 países e territórios da região, principalmente no Brasil. Barbosa ressaltou que, embora o surto de oropouche tenha uma escala muito menor que o da dengue, a crescente expansão geográfica fora da Bacia Amazônica —inclusive em áreas sem histórico prévio desta doença— requer atenção.

A possibilidade de transmissão materno-infantil, incluindo mortes fetais e anomalias congênitas, está sendo investigada. Barbosa pede que os países reforcem a vigilância e continuem compartilhando informações.

Quanto ao vírus H5N1, também conhecido como o da gripe aviária, Barbosa informou que, embora o número de casos em humanos seja moderado, o impacto na saúde pública permanece limitado. Em 2024, 58 casos humanos foram notificados nos Estados Unidos e um no Canadá.

O H5N1 é um vírus comumente encontrado em aves. No entanto, também está infectando outras espécies, como o gado leiteiro nos EUA. No total, 19 países nas Américas notificaram casos de H5N1 em animais neste ano e dois deles confirmaram casos humanos. O diretor da OPAS pontuou que a vigilância é fundamental para rastrear o vírus e compreender sua evolução.

Barbosa pediu para que se continue fortalecendo a cooperação entre os setores de saúde humana, animal e ambiental para permitir a detecção precoce e intervenções oportunas nos animais.

Redação / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS