Marinha coloca blindados no entorno de hospital onde oficial médica foi morta no RJ

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Blindados da Marinha circulam no entorno do Hospital Naval Marcílio Dias, localizado no bairro Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (12), dois dias depois de a oficial médica Gisele Mendes, 55, com patente de capitão de mar e guerra, morrer após ser atingida por uma bala perdida enquanto trabalhava na unidade.

Em nota, a corporação informou que a operação tem o “intuito de garantir a segurança da tripulação e dos usuários do Hospital Naval Marcílio Dias” e que a ação será mantida por tempo indeterminado.

A Marinha destacou ainda que a presença de fuzileiros navais ocorre “na área sob sua jurisdição, adjacente àquela organização militar, até o limite máximo de 1.320 metros do seu perímetro, conforme amparo legal”.

A oficial, especialista em geriatria, será enterrada nesta quinta-feira (12), no Cemitério do Caju, com honras militares.

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. No momento em que a médica foi atingida, ocorria uma operação da Polícia Militar no conjunto de favelas do Lins, que abrange as comunidades Barro Preto, Barro Vermelho, Encontro, Bacia, Amor, Árvore Seca, Cachoeirinha, Cachoeira Grande, Gambá, Cotia e Boca do Mato.

Na região, há uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Durante a operação, por volta das 10h de terça-feira (10), teria ocorrido tiroteio entre policiais militares e supostos traficantes. A polícia apura se um dos disparos atingiu a médica na cabeça e de qual arma partiu o projétil, que ficou alojado na nuca da vítima. Ela estava em um auditório do hospital, no segundo andar, quando foi baleada.

A morte da oficial foi confirmada às 16h32 pelo hospital, e uma perícia foi realizada.

Essa não é a primeira vez que pessoas são atingidas por balas perdidas na unidade, localizada aos pés do conjunto de favelas.

Em 2000, uma paciente em recuperação de uma cirurgia de câncer de mama foi baleada na perna direita após um disparo atravessar a janela do quarto onde estava internada. Anos antes, em 1991, uma funcionária foi atingida no berçário da unidade hospitalar.

BRUNA FANTTI / Folhapress

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