SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians quer realizar uma reforma estatutária no clube em 2025. A ideia é que o Fiel Torcedor possa votar para decisões do clube, inclusive nas eleições presidenciais.
A ideia de alterar o método de votação, que só permite sócios do clube atualmente, existe há anos, mas tinha pouca adesão do Conselho Deliberativo para, de fato, gerar uma reforma no estatuto. Até 2024, o assunto era apenas um sonho distante e não um
O presidente do CD, Romeu Tuma Jr., foi quem levou para dentro do Conselho, inclusive com a criação de uma comissão específica. Foram realizadas reuniões, audiências e ajustes na proposta inicial.
A votação será uma das prioridades para Tuma no primeiro semestre do ano que vem. Em 2024, o Fiel Torcedor alcançou a marca de 76,9 mil sócios adimplentes.
O UOL apurou que o presidente Augusto Melo teve certa influência para que conselheiros contrários à reforma mudassem de opinião sobre o tema, pelo estreitamento da relação entre diretoria e torcida. A vaquinha criada pela Gaviões da Fiel, com o objetivo de quitar a Neo Química Arena, teve apoio da atual gestão e foi fundamental para solidificar o impacto de movimentações conjuntas.
Por outro lado, ações recentes de torcedores organizados causaram temor no Conselho. A votação do impeachment, que terminou sendo suspensa por uma liminar no dia 2 de dezembro, teve bonecos de ex-dirigentes e conselheiros queimados em uma fogueira, além de tentativa de invasão ao Parque São Jorge, sede social do clube.
“Farei todo o esforço para que a reforma seja votada no primeiro semestre de 2025. Fizemos reuniões, audiências públicas, propostas e, próximo do momento em que o projeto está quase pronto na Comissão de Reforma, as consequências das ações e reações da torcida contra conselheiros e associados abalaram essa discussão. Esperamos que, com os ânimos mais calmos, as coisas caminhem melhor nos próximos meses para colocarmos em prática esse projeto”, disse Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians.
LIVIA CAMILLO / Folhapress