As duas jovens, de 16 e 20 anos, que foram presas após investigações apontarem as suspeitas como responsáveis pela morte de um senhor, de 70 anos, proprietário de uma pousada na cidade de Itanhaém, litoral paulista, eram irmãs, e foram detidas pela Polícia Civil após pertences da vítima terem sido anunciados para venda na internet por meio do perfil de outras adolescentes.
O corpo do empresário foi encontrado na madrugada do dia 6 de dezembro, na Rua Peruíbe, local onde fica situado seu empreendimento. O homem apresentava sinais de agressão na cabeça. Houve também transferências bancárias de mais de R$ 7 mil para a conta da dupla.
A investigação da corporação começou com a venda dos pertences da vítima, sendo uma televisão e uma bicicleta, que foram furtados da casa do idoso. Os itens foram anunciados no perfil de três adolescentes. Ainda não há a confirmação sobre a ligação delas com as suspeitas.
O trio confessou o furto, mas afirmam não terem envolvimento na morte do idoso. Elas foram liberadas, mas responderão por ato infracional de furto.
Foi a partir do depoimento das menores de idade que a Polícia Civil, teve acesso às imagens de monitoramento e identificaram as duas irmãs. A identificação de que uma das suspeitas chegou à residência da vítima utilizando um carro de aplicativo foi um ponto decisivo da investigação. Com base nas evidências coletadas, os investigadores identificaram e prenderam duas suspeitas G.O. Silva, de 20 anos, e B.O. Silva, de 16 anos.
O delegado representou pela prisão temporária da maior de idade e pela apreensão da irmã adolescente. Elas confessaram o crime, mas negaram que o motivo tenha sido o dinheiro da vítima. Ambas alegaram legítima defesa contra um suposto assédio por parte do dono da pousada.
O caso
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), elucidou o latrocínio que vitimou o senhor de idade a partir de câmeras de segurança próximas do local do crime, além de outras técnicas avançadas.
A investigação, coordenada pela DIG de Itanhaém, destacou-se pela aplicação de técnicas avançadas de análise de câmeras de segurança e monitoramento de redes sociais, através da metodologia conhecida como “Círculo Concêntrico Digital”. Este método foi essencial para compreender a dinâmica do crime e os relacionamentos da vítima, permitindo um mapeamento preciso dos movimentos e interações sociais da vítima.
Segundo a Polícia Civil, a colaboração com a GCM, que forneceu acesso a câmeras públicas e dados de leitura veicular, foi crucial. A confirmação da autoria veio com a análise do extrato bancário da vítima, que revelou transferências de R$ 7.750,00 para as contas das investigadas logo após o crime.
Na casa das suspeitas, foram encontradas as roupas usadas no dia do crime, solidificando as provas contra elas. A operação concluiu que o crime está totalmente esclarecido.