Órgão de saúde dos EUA alerta sobre viagens ao ES devido à febre oropouche

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos) alertou os norte-americanos que pretendem viajar ao Espírito Santo por conta da febre oropouche.

Em aviso no site e no Instagram, o CDC diz que a doença tem sido “associada a perdas fetais e defeitos congênitos”. “Viajando para o Brasil? O CDC atualizou seus Avisos de Saúde para Viagens para o Brasil, particularmente o estado do Espírito Santo, por causa do vírus #Oropouche, que tem sido associado a perdas fetais e defeitos congênitos”.

O órgão alerta para que, principalmente, as mulheres grávidas tomem cuidado. “Pessoas grávidas devem reconsiderar viagens não essenciais para o Espírito Santo, Brasil. Se a viagem for inevitável, esses viajantes devem seguir rigorosamente as recomendações de prevenção de Oropouche”.

Outros alertas, como prevenir picadas de insetos e uso de preservativos, também fazem parte da lista de prevenção. “A doença pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e é frequentemente confundida com dengue”, diz o órgão.

“Todos os viajantes para o Espírito Santo, Brasil, devem tomar medidas para evitar picadas de insetos durante a viagem para se protegerem da infecção. Eles também devem evitar picadas de insetos por 3 semanas após a viagem para evitar a possibilidade de espalhar o vírus para outras pessoas nos EUA”, disse o CDC, em alerta publicado no site.

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O QUE É A FEBRE OROPOUCHE?

A febre Oropouche é causada pelo Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), um arbovírus como os vírus da dengue, chikungunya e zika. É transmitido pela picada de mosquitos, especialmente o Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

Mais raramente, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo ou muriçoca, também pode transmitir o vírus.

O diagnóstico é clínico, epidemiológico e por meio de exames laboratoriais.

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DA FEBRE OROPOUCHE?

Depois de picar um animal infectado, o mosquito permanece com o vírus por alguns dias. Posteriormente, ao picar uma pessoa saudável, ele pode transmitir o vírus para ela.

De acordo com o Ministério da Saúde, há dois ciclos de transmissão da doença:

Ciclo silvestre: os principais hospedeiros são o bicho-preguiça e os primatas não humanos. O vetor mais comum é o Culicoides paraenses.

Ciclo urbano: os seres humanos são os hospedeiros mais frequentes. O principal vetor é o Culicoides paraenses, mas o Culex quinquefasciatus pode transmitir a doença ocasionalmente.

QUAIS OS SINTOMAS DA FEBRE OROPOUCHE?

Os sintomas da febre oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

Geralmente, os sintomas duram de cinco a sete dias. Contudo, após a recuperação, cerca de 60% dos pacientes com febre oropouche voltam a apresentar os sintomas da doença.

EXISTE TRATAMENTO ESPECÍFICO OU VACINA PARA A DOENÇA?

Não existe tratamento específico para a febre oropouche. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

Da mesma forma, não há vacina contra a doença.

COMO PREVENIR A FEBRE OROPOUCHE?

Evite áreas onde há muitos mosquitos, se possível;

Use roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele;

Mantenha a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;

Proteja sua residência com telas de malhas finas nas portas e janelas. Isso também evita a transmissão de outras arboviroses;

Por fim, se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde locais para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Redação / Folhapress

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