O que novo presidente do Botafogo pensa sobre a SAF e John Textor

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – João Paulo Magalhães foi eleito presidente na primeira eleição do Botafogo após a implementação da SAF. Mas o que ele pensa sobre a gestão do departamento de futebol feita por John Textor?

O novo mandatário alvinegro não vai mudar o rumo da relação do clube com o empresário e é entusiasta da manutenção de Durcesio Mello no Conselho de Administração da SAF até por mais tempo que o contrato inicial, que rege que ele fica no cargo até maio de 2026.

“Durcesio tem uma dobradinha espetacular com o Textor, e não há nada melhor que uma música afinada. Os dois estão absolutamente afinados e vão continuar lutando pelo Botafogo”, disse João Paulo Magalhães.

Após o fim do vínculo de Durcesio, ele próprio ou um novo nome pode ser indicado para o cargo, em contrato que dura dois anos e são renovados após esse tempo.

O QUE ACONTECEU

João Paulo elogiou o trabalho da SAF do Botafogo. O clube tem 10% das ações, enquanto John Textor tem os 90% restantes.

A venda foi concretizada no começo de 2022. O Glorioso havia anunciado em dezembro do ano anterior um acordo com o empresário norte-americano.

“Sobre a SAF, tem coisas que só acontecem com o Botafogo, e conosco aconteceu mais esse milagre. O Textor é um presente que nos mandaram, e a equipe da SAF é toda super preparada e absolutamente engajada pelo sucesso do Botafogo. Só tenho as melhores coisas pra dizer, e digo aqui para o torcedor alvinegro que a SAF vai poder contar sempre com o nosso apoio e ajuda em todos os momentos.”

João Paulo foi gestor do Boavista por cerca de 20 anos. Em 2004, o clube de Saquarema, Região dos Lagos, passou a ser administrado por ele e o irmão José Luca, que morreu em 2012, vítima de um câncer. Em 2007, o Boavista alcançou a primeira divisão estadual. Ele se afastou do clube para dar continuidade à candidatura no Glorioso.

“Temos de dar todo suporte, e eu quero trazer toda a expertise que tive lá de desafios para poder ajudar o Botafogo a se desenvolver cada vez mais nos esportes olímpicos. Em Paris, tivemos oito atletas do Botafogo, vamos ver se a gente aumenta ainda mais [em Los Angeles-2028]”, apontou.

O agora presidente do Botafogo esteve em Buenos Aires para a final da Libertadores ao lado de Textor. João Paulo conheceu o empresário através do Alvinegro, mas já era parceiro de Durcesio de longa data, inclusive devido à vida política do clube —em 2014, Durcesio pensou em concorrer ao cargo de presidente e chamou João Paulo para ser o vice de Futebol. A candidatura, porém, acabou não sendo concretizada.

“Acho que a gestão do Botafogo é muito boa, vivemos um momento único. Estamos em reconstrução de um passado penoso. Aliás, o futebol foi muito difícil para todos os clubes, não é só para o Botafogo. No Brasil, todos tiveram problemas, o futebol exige muito dos clubes. O Durcesio começou uma reconstrução no Botafogo e pretendo seguir com ela”, disse João Paulo Magalhães.

O mandatário garantiu se preocupar com a recente declaração de Textor sobre o Botafogo “ajudar” o Lyon, clube francês que também é gerido pelo empresário. “Eu confio plenamente nas decisões do John Textor e da Eagle Holdings. Entendo que o Botafogo participa de uma empresa multiclubes”. Sobre possível desmanche do elenco campeão da Libertadores e Brasileiro, também espanta qualquer aflição. “Torço para que o melhor aconteça com os novos jogadores que vão chegar, porque tenho certeza que o Botafogo vai ao mais alto nível ainda. Não estou preocupado, tenho certeza que os que vão chegar [jogadores] e vai se formar um time ainda mais forte”.

ALEXANDRE ARAUJO / Folhapress

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