Israel aprova planos de retirada parcial de tropas em Gaza, diz jornal

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Exército de Israel aprovou planos para a retirada de tropas de porções da Faixa de Gaza em meio à retomada das negociações por um cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas, informou o jornal Haaretz neste sábado (11).

De acordo com a publicação, as Forças Armadas israelenses analisaram vários planos para a saída rápida dos militares. Um desses planos envolveria a retirada por meio do corredor Netzarim, uma larga faixa de terra ocupada pelo Exército israelense que divide a Faixa de Gaza em duas partes.

Os militares esclareceram ainda que estão prontos para implementar qualquer acordo feito pelo governo, o que na prática pode indicar que os planos aprovados neste sábado são um protocolo para a eventual retirada em Gaza, não exatamente um sinal de que as negociações estão caminhando nesse sentido.

Também neste sábado, porém, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu instruiu uma delegação liderada pelos chefes do Mossad e do Shin Bet, as agências de inteligência de Israel, a participar das conversas no Qatar sobre um acordo que viabilize a interrupção dos ataques ao território palestino e a libertação de reféns israelenses.

O anúncio foi feito após um encontro de Netanyahu com Steve Witkoff, enviado especial do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Oriente Médio, em Jerusalém. Antes disso, Witkoff esteve em Doha, onde se reuniu com o premiê do Qatar, Mohammed al-Thani.

Na terça-feira (7), Trump disse em entrevista coletiva que Gaza “vai virar um inferno” se os reféns ainda em poder do Hamas não forem libertados até o próximo dia 20, quando o republicano tomará posse. Já o presidente Joe Biden, em seus últimos dias de mandato, falou na quinta-feira (9) sobre um “progresso real” nas negociações.

O envio de negociadores foi bem recebido pelo Fórum das Famílias dos Reféns, a principal associação de parentes dos sequestrados mantidas em cativeiro na Faixa de Gaza. “Pedimos à delegação que aproveite esta oportunidade histórica para obter a libertação de todos os nossos entes queridos”, disse o grupo em comunicado.

O Exército israelense invadiu Gaza na sequência do atentado terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 mortos no sul de Israel. Desde então, ataques de Tel Aviv mataram mais de 46 mil palestinos no território, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pela facção.

Redação / Folhapress

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