Na tentativa de controlar a disseminação da pandemia do novo coronavírus, a secretaria estadual de ensino agiu rápido.
No Estado de São Paulo, as redes estadual e municipal de ensino público começaram a ser suspensas no dia 16 de março e aconteceu de forma gradativa para que os pais conseguissem se organizar com seus filhos. As escolas particulares também receberam as mesmas orientações e acataram a decisão, em definitivo, a partir de 23 de março. Esquema semelhante foi adotado nas demais escolas do país.
O Brasil tem 47,8 milhões de estudantes, sendo 38,7 milhões na rede pública e 9,1 na privada. Os números fazem parte do último levantamento oficial, divulgado em fevereiro deste ano, pelo Censo Escolar 2019, produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Todos estes alunos foram afetados com a suspensão das aulas presenciais.
Ainda não há definições sobre a data da retomada das aulas e sobre a forma como isto vai ocorrer.
Uma das possibilidades sobre o retorno ao ensino presencial, é que ele aconteça aos poucos, ou seja, uma etapa por vez. Alguns defendem que a prioridade deve ser a educação infantil porque os alunos desta fase têm mais dificuldades com o ensino remoto e porque as mães que trabalham encontram muitas dificuldades com filhos sem creche disponível. Outros especialistas em educação argumentam que é importante começar a retomada pelos alunos do Ensino Médio para evitar aumento da evasão escolar e para não prejudicar os vestibulandos.
Enquanto alguns discutem a maneira desta retomada das aulas presenciais e o prazo para isto acontecer, Gabriel Chalita, filósofo, professor, escritor e que já ocupou cargo na secretaria estadual de ensino, não se mostra otimista em relação ao assunto. “Eu espero estar errado, mas acho que a rede pública só volta o ano que vem”, afirmou Chalita durante entrevista concedida para Chaim Zaher no programa Mentoria Ribeirão, exibido na noite de ontem (15), no Grupo Thathi de Comunicação. Ele ainda completou: “De repente o pico começa a cair totalmente e as pessoas começam a voltar no segundo semestre, mas não contemos com isto. É bom a gente viver de esperança mas não de expectativa”.
Durante o programa Gabriel Chalita também falou sobre formas de avaliação. Confira trechos da entrevista abaixo:
Avaliação no pós-pandemia
Sobre a forma de avaliar os alunos, Gabriel Chalita acredita que o processo vai passar por transformações.
Retomada das aulas
Gabriel Chalita acredita que escolas públicas e privadas terão processos diferentes na retomada das aulas presenciais.
Programa Mentoria Ribeirão 2020
O programa é exibido de segunda a sexta, às 18 horas, ao vivo, pela multiplataforma do Grupo Thathi.
Para acompanhar a entrevista de Gabriel Chalita, na íntegra, acesse: facebook.com/grupothathi