No primeiro dia de mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cortou relações com diversos órgãos e tratados internacionais. Entre eles, o Acordo de Paris, um tratado com 200 países para combater as mudanças climáticas, e a Organização Mundial da Saúde (OMS), agência de saúde das Nações Unidas.
Trump justificou a saída do Acordo de Paris dizendo que ele beneficia outros países em detrimento dos EUA. Sobre a OMS, afirmou que a agência não tem independência.
Para a advogada Cristina Wadner, especialista em Direito Internacional, a decisão de Trump prejudica a transição energética global. Ela afirma que a saída dos EUA pode levar outros países a seguir o mesmo caminho. Além disso, a perda de recursos financeiros também é uma grande preocupação. Os EUA são o segundo maior poluidor do mundo, atrás apenas da China.
Wadner explica que os EUA estão indo contra a tendência global. Outros países estão investindo em transição energética e descarbonização, medidas essenciais para reduzir os impactos das mudanças climáticas. A advogada lembra que o Acordo de Paris não prejudica os Estados Unidos, pois ele estabelece metas para todos os países. Nações desenvolvidas, como os EUA, têm maior responsabilidade, já que contribuíram mais para o aquecimento global. O financiamento para países em desenvolvimento é um benefício a longo prazo para o planeta.
Sobre a saída da OMS, a especialista destaca que o impacto mais imediato será financeiro. Os EUA são os maiores financiadores da organização e sua saída pode reduzir o apoio a programas essenciais para a saúde global.



