A doação de leite materno humano é fundamental para auxiliar na nutrição de recém-nascidos, principalmente para bebês cujas mães não conseguem amamentar ou produzir leite suficiente. No entanto, os Bancos de Leite Humano registraram uma queda de 5% no número de doações entre janeiro e abril de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado.
Isso se deve à pandemia de coronavírus, que afastou as doadoras por conta do isolamento social e do receio de fazer esses procedimentos. Michele Jordan Faleiros, neonatologista e responsável técnica do Banco de Leite do Hospital Universitário (HU) da USP, conta que essa preocupação das lactantes é compreensível, mas que não há necessidade de se preocupar: “O Banco de Leite segue todos os métodos de segurança e a doadora não precisa ter contato direto com o profissional de saúde”.
No Brasil existe uma rede de mais de 225 Bancos de Leite Humano, que coletam aproximadamente 150 mil litros de leite materno todos os anos. Hoje, a quantidade de leite nos bancos ainda não é suficiente para atender todos os bebês necessitados, fazendo com que os casos mais graves estejam sendo priorizados, inclusive no HU.
Doação
Para a doação de leite materno, a mulher precisa estar com boas condições de saúde e não pode fazer o uso de medicamento que interfira no processo de amamentação. A interessada precisa buscar um banco de leite, onde será realizada uma entrevista. Após a primeira etapa, são coletados: um exame de sangue, um hemograma e outros exames de sorologia.
Após os exames e o resultado positivo para a doação, a mulher passa a ser doadora do banco de leite, que passa a frequentar semanalmente a residência da doadora para retirar o leite, que é coletado pela própria doadora em frascos esterilizados, distribuído pelo próprio banco de leite.
Banco de leite Hospital das Clínicas – Av. Santa Luzia, 387 – Jardim Sumaré – (16) 3610-8686
Texto: Jornal da Usp