A Polícia Civil de Araçatuba prendeu, na madrugada desta quinta-feira (27), uma mulher de 41 anos acusada de assassinar o mecânico Daniel Siqueira Magalhães, 36 anos, em julho de 2024. O crime aconteceu na estrada vicinal Jocelin Gotardi, conhecida como estrada do Veleiro, próximo ao residencial Nova Araçatuba.
Daniel foi encontrado morto dentro de seu GM Astra com 11 golpes de faca. Na época, a acusada abordou um guarda municipal alegando que o namorado havia sido assassinado por dois homens desconhecidos. A versão levantou suspeitas, e as investigações começaram.
No dia do crime, a perícia e a equipe da Delegacia de Homicídios (DH) da Deic de Araçatuba estiveram no local, recolheram dois celulares no carro da vítima e realizaram buscas pela arma do crime, que não foi encontrada. O veículo foi levado ao pátio para exames.
Contradições na versão da acusada
Inicialmente, a mulher afirmou que estava com o namorado e dois desconhecidos consumindo maconha no carro. Posteriormente, mudou sua declaração, dizendo que estava sozinha com ele, mas não soube explicar o que havia acontecido. Levada ao plantão policial, ela deu declarações confusas, ainda sob efeito de medicamentos.
As investigações apontaram que o crime teria sido motivado por ciúmes. Apesar da representação pela prisão temporária da acusada, o pedido foi negado pela Justiça. Quando a prisão preventiva foi decretada, ela já havia fugido, sendo considerada foragida.
Operação e prisão
A Polícia Civil descobriu que a acusada havia mudado para São Paulo e ingressado com habeas corpus para revogar a prisão preventiva, pedido negado pela Justiça. Após meses de investigações e trabalho de inteligência, a equipe localizou o paradeiro dela na capital paulista.
Na madrugada desta quinta-feira, uma operação foi deflagrada, cumprindo seis mandados de busca e apreensão em cinco bairros de São Paulo. A mulher foi encontrada e presa sem oferecer resistência.
Participaram da operação três equipes da Deic de Araçatuba – Delegacia de Homicídios, Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) – com apoio de quatro equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital.
A acusada será trazida para Araçatuba e deverá responder por homicídio qualificado. O delegado Paulo Natal, responsável pela investigação, destacou o trabalho de inteligência policial que possibilitou a prisão da foragida.



