SÃO PAULO, SP E NO RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Membro da “tropa de elite” do PCC, André Ferreira Borges é o 6º morto apontado pelas autoridades como integrante da quadrilha envolvida no mega-assalto que aterrorizou Araçatuba (SP) em agosto de 2021. Conhecido como Pane, o criminoso de 45 anos foi baleado na terça-feira à noite após reagir a uma abordagem em uma operação da PM em Campinas (SP), segundo a corporação.
O QUE ACONTECEU
Mortos por tiros dados por policial aposentado em meio a ação de “domínio de cidades” em Araçatuba. Membro do PCC, Jorge Carlos de Mello foi baleado no ataque. Ele tinha histórico criminal que envolvia passagens pelo sistema carcerário por tráfico de drogas, roubo, cárcere privado e receptação. Atingido no abdômen, Antônio Carlos Fermino Bezerra morreu após ser internado na Santa Casa de Piracicaba.
Bilhete com telefone da irmã ao lado de corpo. Um dia após a ação, o cadáver de Anderson Luis de Oliveira foi abandonado em um terreno baldio em Sumaré (SP) com um colete à prova de balas. Segundo a polícia, ele também foi morto em confronto durante o assalto.
Encontrado em ação da PM em bunker do PCC. Pouco mais de um mês após o mega-assalto que aterrorizou Araçatuba (SP), Rogério Meneses de Paula reagiu a uma ação policial e morreu ao ser baleado durante o confronto, segundo a corporação.
Suspeito de desembolsar R$ 600 mil para financiar mega-assalto em Araçatuba foi encontrado em Goiás. Paulo César Gabrir chegou a ser preso em setembro de 2021. Mas foi solto um dia após a captura pela ausência de indícios que o vinculassem ao caso, segundo o TJ-SP. Em janeiro de 2024, foi morto ao reagir a uma ação da PM na região metropolitana de Goiânia, de acordo com a corporação. Com antecedentes por roubo, organização criminosa e homicídio, ele ostentava um alto padrão de vida e tinha veículos de luxo.
“É fundamental o acompanhamento contínuo dos criminosos que atuam em ataques coordenados como “domínio das cidades”, como ocorreu em Araçatuba, para evitar a perda de vidas de civis e policiais, garantindo uma resposta rápida e eficiente das forças de segurança”, disse o coronel Valmor Racorti, comandante do Batalhão de Choque da PM de SP.
Pouco mais de três anos após mega-assalto, ao menos 50 suspeitos foram presos, segundo a PF. Entre eles, Ademir Luis Rondon, ex-militar do Exército apontado como um dos mentores do ataque.
Suspeitos foram presos com roupas táticas, coletes à prova de bala e máquina para contar dinheiro. Os dois homens capturados em setembro de 2021 em São Pedro (SP) também estavam com R$ 3 mil em dinheiro vivo, munições e veículos. A identidade deles não foi revelada pelas autoridades. Agentes também prenderam um homem e uma mulher suspeitos de terem sido informantes na ação.
HERCULANO BARRETO FILHO E LUÍS ADORNO / Folhapress