Farofa, mostra paralela à MITsp, apresenta espetáculos em processo de criação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Evento paralelo à Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp, a Farofa do Processo chega à nona edição nesta quinta-feira (13) com uma programação com 60 atividades gratuitas, incluindo apresentações de espetáculos recentes e processos artísticos ainda em desenvolvimento.

Esta edição ocupa o Complexo Cultural Funarte, o que inclui quatro salas, um pátio interno e o teatro de Arena Eugênio Kusnet, na região central de São Paulo, em sessões que acontecem das 11h às 22h, até o dia 23 de março.

Artistas de São Paulo, do Ceará, da Bahia, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Pernambuco e de Minas Gerais apresentarão suas criações para o público.

Além dos espetáculos, serão realizadas rodas de conversa, bate-papos e encontros para debater temas como a criação, a distribuição e a mediação das artes.

Quatro dos cinco espetáculos que serão apresentados este ano participaram da edição anterior quando ainda estavam na fase de desenvolvimento.

Um deles é “Serra Pelada”, de Alexandre Dal Farra, em que quatro homens viajam ao garimpo para compreender a região e são presos em um hotel. A peça estreou este ano.

Outro é “Monga”, de 2024, o mais recente trabalho da atriz, dramaturga e diretora Jéssica Teixeira. Ela usa a condição de habitante de um corpo estranho, como descreve, para questionar padrões e provocar o público. Também de 2024 é “Magnólia”, de Marina Esteves, inspirada no álbum “A Tábua de Esmeralda”, de Jorge Ben Jor.

“Amores Q”, deste ano, é um espetáculo de dança da Núcleo de PesquiZa Transborde, com corpos que deslizam em estados de sonho, delírio, prazer e sofrimento.

O quinto espetáculo é a performance “Bola de Fogo”, de Fábio Osório Monteiro, estreada em 2017. Vestido como uma baiana, ele monta um tabuleiro de acarajé e cozinha enquanto conta uma história que mistura sua vida com mitos de matrizes africanas.

Entre as obras em desenvolvimento estão “Horizonte de Eventos”, do Coletivo Inominável, em que o público é convidado a dançar 40 minutos sem parar; “Alegre mas Cansada”, do Grupo Claricena, baseado em entrevista que a escritora Clarice Lispector deu ao programa Panorama, da TV Cultura; “Gente de Classe”, do Grupo Carmin, que se baseia nas reflexões do sociólogo Jessé de Souza sobre a classe média para retratar uma família endividada que tenta manter as aparências; “Um Clássico: Matou a Família e Foi ao Cinema”, de Luiz Fernando Marques, sobre a homoafetividade no Brasil; “Elisa em Fuga”, do coletivo Sociedade Arminda, que pesquisa a obra de Machado de Assis.

Além disso, a atriz Renata Carvalho apresenta dois trabalhos como dramaturga e diretora: “Antígona Travesti”, uma releitura do clássico de Sófocles que denuncia os ataques à população trans; e “Diamba”, inspirado na HQ de Daniel Piva sobre a chegada da maconha ao Brasil e a sua proibição.

A mostra foi criada em 2020, com um olhar voltado aos processos de trabalho e às possibilidades de internacionalização do teatro local. Programadores e curadores que estão em São Paulo para o MITsp são convidados a assistir às obras e levá-las a festivais.

MOSTRA FAROFA DO PROCESSO

Quando De 13 a 23 de março

Onde Complexo Cultural Funarte

Preço Gratuito

Link https://www.faroffa.com.br/

Redação / Folhapress

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