5 grandes bandas de Rock brasileiras da história

O Brasil tem muito a mostrar quando o assunto é rock’n roll! Hoje vamos relembrar um pouco da história de 5 grandes bandas de rock brasileiras.

1 – Os Mutantes

“Os Mutantes” é uma das bandas mais importantes e irreverentes da música popular brasileira de todos os tempos.

Primeira banda a fazer rock psicodélico no país, o trio formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo Baptistae Sérgio Dias, é referência no que diz respeito à música experimental no Brasil e no mundo.

Tendo como influência nomes do rock´n roll internacional como Jimi Hendrix e The Beatles, Os Mutantes também bebiam de fontes bem brasileiras e foram pioneiros em mesclar o rock com elementos musicais nacionais.

É considerado um dos grupos mais criativos, dinâmicos, radicais e talentosos da era psicodélica e da história da música mundial. 

Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias: Os Mutantes — Foto: Reprodução/IMDB

A banda foi responsável por várias inovações técnicas e sonoras que, até então, eram desconhecidas ou pouco usadas pela indústria fonográfica brasileira. Um dos maiores responsáveis por tais inovações foi Cláudio Dias Baptista, irmão mais velho de Sérgio e Arnaldo. Foi ele quem projetou e construiu vários dos instrumentos e equipamentos usados pelos Mutantes ao longo de sua carreira.

Formado durante o Movimento Tropicalista no Brasil, o conjunto se conheceu em 1964, quando a ainda adolescente Rita Lee tinha uma banda de colégio com mais duas amigas, as Teenage Singers.

As garotas, conhecem o trio de garotos The Wooden Faces, que tinha os irmãos Arnaldo Baptista, no baixo, e Sérgio Dias, na guitarra, na formação. Juntam-se a eles para formar o Six Sided Rockers, que logo mudou de nome para Os Seis e chegou a gravar um compacto com duas canções.

Depois de um tempo, dos seis integrantes da banda, sobram Rita, Arnaldo e Sérgio, que passam a se chamar Os Bruxos. Em 1966, Os Bruxos começam a se apresentar como elenco fixo do programa de Ronnie Von, da TV Record, e trocam o nome da banda por sugestão do apresentador, inspirados no filme de ficção científica o “O Império dos Mutantes”.

Os Mutantes foram a primeira banda do Brasil a fazer uma espécie de rock psicodélico e experimental. Rita, além de cantar e compor, tocava flauta, teclados, percussão, banjo e fazia performances com sintetizadores e objetos inusitados, como foi o caso de uma bomba de dedetização.

Em 1967, Os Mutantes participaram da gravação do LP Ronnie Von – nº 3, depoissaíram da TV Record e passaram a apresentar-se em outras emissoras. Em uma apresentação no programa “Quadrado e Redondo”, da Rede Bandeirantes, conheceram o maestro Rogério Duprat, que passou a apadrinhar a banda e tornou-se essencial para a carreira dos Mutantes a partir daí.

O trio passou então a se apresentar nos grandes festivais de música brasileira, em ascensão na época e, são apresentados a Gilberto Gil por Duprat, que sugere que o conjunto acompanhe Gil nas gravações de “Bom Dia”, canção que seria defendida por Nana Caymmi (então casada com Gil) no III Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, em 1967.

O grupo, apesar de não saber ler as partituras e decifrar a complexidade harmônica dos arranjos elaborados por Gil e Duprat, se saiu muito bem nas gravações e Gil os convidou para acompanhá-lo também na apresentação da sua canção, “Domingo no Parque”, defendida por ele no mesmo festival. 

Na inesquecível apresentação, Rita Lee – com 20 anos na época – além de cantar, aparece com um coração desenhado, como uma tatuagem, no rosto e tocando pratos. A apresentação de “Domingo no Parque” foi um sucesso e a canção saiu premiada com o segundo lugar no Festival, atrás somente de “Ponteio”, de Edu Lobo e Capinan. Neste mesmo festival, Caetano Veloso ficou em quarto lugar com a canção “Alegria, Alegria”, acompanhado dos Golden Boys.

As apresentações de “Domingo no Parque” e “Alegria, Alegria” foram decisivas para a consolidação de um movimento que transformou a música brasileira para sempre: o Tropicalismo. E a participação de Os Mutantes, ao lado de Gil no Festival de 1967, fez com que a banda se aproximasse de vez do Tropicalismo. 

Junto com outros grandes nomes da música popular brasileira, comoGal Costa, Torquato Neto, Capinan e Tom Zé – o Movimento Tropicalista foi um movimento de contracultura, que transcendeu tudo o que já havia em termos de produção artística no Brasil. 

A Tropicália contempla e internacionaliza a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e toda a arte brasileira. O movimento surgiu sob a influência das correntes artísticas da vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira, como o rock e o concretismo, misturando manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais, para criar algo inovador, que interviesse na cena de indústria cultural e de cultura de massas da época. E que representasse uma mudança de parâmetros, que atendesse também aos anseios da juventude da época.

Em 1968, Os Mutantes e suas guitarras distorcidas participaram – ao lado de seus companheiros de movimento Tropicalista – do álbum “Tropicália ou Panis Et Circencis”. Entre as canções com participação de Os Mutantes, estão, além de “Panis Et Circencis”, de Caetano e Gil, composta especialmente para o trio; “Parque Industrial”, de Tom Zé; e “Hino Ao Senhor do Bonfim”, de João Wanderley e Petion de Vilar. “Tropicália” foi eleito o 2º maior disco de música brasileira da história, pela Revista Rolling Stone Brasil, em lista elaborada em 2007.

Ainda em 1968, a banda gravou o seu primeiro álbum, o inovador e experimental “Os Mutantes”, com arranjos de Duprat e influências – além da Tropicália, é claro – do conjunto inglês que sempre esteve presente na obra do trio: The Beatles. 

Entre as canções – além de “Panis Et Circencis” – estão “A Minha Menina”, de Jorge Ben Jor, que faz uma participação especial na gravação; “Baby”, de Caetano; “Bat Macumba”, de Caetano e Gil; “Trem Fantasma”, do trio com Caetano; o baião “Adeus Maria Fulô”, de Humberto Teixeira e Sivuca; e “Senhor F”, de Rita, Arnaldo e Sérgio, e que conta com participação da mãe dos irmãos Baptista, Clarisse, no piano).

Algumas das características mais inovadoras e experimentais do disco são as mudanças de ritmo, as guitarras distorcidas, o uso de ruídos e sonoplastia, e de objetos não convencionais para simular o som dos instrumentos.

O disco é considerado uma das maiores relíquias da MPB e ocupa a 9ª posição da lista dos 100 maiores discos de música brasileira de história, da Revista Rolling Stone Brasil. O grupo, aliás, é um dos artistas que mais aparece nessa lista, tendo cinco de seus discos entre as 100 posições.

Esse disco também foi eleito um dos 50 discos mais experimentais da história, pela revista inglesa MOJO, ficando na frente de nomes como The Beatles, Pink Floyd e Frank Zappa. Também é o álbum brasileiro melhor colocado na lista dos 250 álbuns essenciais de todos os tempos de Rock Latino, da revista americana Al Borde, ocupando a 21ª posição.

No mesmo ano, Os Mutantes protagonizaram uma apresentação icônica no III Festival Internacional da Canção, da TV Globo, defendendo sua canção “Caminhante Noturno” (composição conjunta do trio). 

Rita Lee – já mostrando a que veio no quesito revolucionário – se apresentou usando um vestido de noiva (emprestado do figurino da TV Globo, que tinha sido usado por Leila Diniz, na gravação da novela “O Sheik de Agadir”). A canção ficou em sétimo lugar.

Mas a participação de Os Mutantes no festival não parou por aí. Eles também acompanham Caetano Veloso na histórica apresentação da canção “É Proibido Proibir”, em que Caetano foi expulso da competição, após responder vaias da plateia e causar descontentamento no júri e responder com um discurso histórico sobre o momento atual da música e da política brasileira: “Vocês não estão entendendo nada”. 

Mal Os Mutantes começaram a tocar a introdução da canção, o público – ainda não acostumado com a guitarra elétrica e as inovações que o Tropicalismo traria e que revolucionariam a música brasileira daí em diante – começou a atirar tomates e pedaços de madeira contra o palco e deu as costas para a apresentação. Imediatamente, Os Mutantes responderam, sem parar de tocar e também virando as costas para a plateia. Mas logo veio o discurso de Caetano e a expulsão do mesmo do festival foi inevitável.

Quando Os Mutantes foram apresentar a sua canção, “Caminhante Noturno”, Rita soltou o inflamado e contundente discurso de Caetano em um gravador de mão.

No final daquele ano, os Mutantes também participaram do IV Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, defendendo as canções “Dom Quixote”, de Arnaldo e Rita; e “2001”, de Rita e Tom Zé, que acabou como quarta colocada.

Em 1969, Os Mutantes começam a fazer apresentações internacionais e lançaram o seu segundo álbum, “Mutantes”, na mesma linha experimental do primeiro. A partir deste disco a banda ganhou o reforço do do baterista Dinho Leme e do baixista Liminha

Também em 1969, Os Mutantes participam do show que fez com que Caetano Veloso e Gilberto Gil – em tempos duros de repressão, no auge da Ditadura Militar e diante da recente instauração do Ato Institucional nº 5, com o cerceamento das liberdades democráticas, de expressão e das criações libertárias – fossem perseguidos, presos e depois exilados pela, acusados de supostamente desrespeitarem a bandeira nacional e ofenderem as forças armadas durante esse show.

Ainda no mesmo ano, a banda estreou o espetáculo “Planeta dos Mutantes” e defendeu a clássica canção “Ando Meio Desligado”, de autoria conjunta do trio, no IV Festival Internacional da Canção.

A canção entrou – em 1970 – para o terceiro álbum da banda, “A Divina Comédia” ou “Ando Meio Desligado”, considerado um marco na carreira do grupo, que se distanciou do tropicalismo e se aproximou mais do rock’ roll, com influências de Jimi Hendrix e Janis Joplin. 

No mesmo ano,a banda fez uma turnê na França, onde gravou o disco “Tecnicolor”, que só veio a ser lançado anos depois, em 2000. O álbum contém versões em inglês de clássicos já eternizados pela banda, além de outras canções inéditas. A ilustração e a caligrafia do álbum, na versão editada, são de autoria de Sean Lennon, filho do Beatle John Lennon.

Também em 1970, Rita Lee lançou o seu primeiro álbum solo, mesmo que com a participação dos Mutantes: “Build Up”. 

Em 1971, Os Mutantes lançaram o clássico álbum “Jardim Elétrico”, que traz o sucesso “Top Top”, composição dos três integrantes com Liminha.

Em 1972, foi a vez do álbum “Os Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets”, em homenagem ao amigoTim Maia, que apelidava de “baurets” os seus cigarros de maconha. Esse disco já traz uma inclinação ainda maior da banda para o rock progressivo e tem como maior sucesso a clássica “Balada do Louco”, uma das canções mais importantes do grupo e da música brasileira.

Esse foi o último disco da banda com a participação de Rita Lee. Segundo a própria conta em seu livro, “Rita Lee, uma Autobiografia”, Arnaldo teria a expulsado da banda, alegando que ela não tinha o virtuosismo necessário para os novos rumos do rock progressivo que a banda estava almejando. 

Além disso, a relação de Rita e Arnaldo, que namoravam desde 1968 e tinham se casado um ano antes, tinha chegado ao fim. Rita conta que o casamento, na verdade, foi apenas uma desculpa para ganhar independência dos pais e, na volta da lua-de-mel, o casal – inclusive – rasgou a certidão de casamento no programa de Hebe Camargo.

Ainda em 1972, Os Mutantes lançariam o disco “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”. Mas, como a banda já havia lançado um disco naquele ano, a gravadora decidiu lançá-lo apenas creditado como sendo de Rita, que já encaminhava-se para o que seria o início de uma carreira de muito sucesso, fora de Os Mutantes. 

Em 1973, já sem Rita Lee, Os Mutantes fizeram o espetáculo “2000 Watts de Som” e gravam o disco “O A e o Z”, que marca de vez sua adesão ao rock progressivo. Acontece que todas as faixas do disco foram compostas (por Arnaldo, Sérgio, Liminha e Dinho, em conjunto) e gravadas sob o efeito de LSD, o que desagradou a gravadora e fez com que o disco só fosse lançado anos depois, em 1992.

Depois desse disco, Arnaldo – enfrentando problemas de depressão e dependência química – deixou a banda, seguido por Dinho e depois por Liminha, em 1974.

Sérgio Dias decidiu manter a banda, toda reformulada e com novos integrantes: Túlio Mourão, Rui Motta e Antônio Pedro Medeiros. Ainda em 1974, Os Mutantes lançaram o disco “Tudo Foi Feito Pelo Sol”, com faixas de rock progressivo, longas e bem elaboradas. Hoje, o disco é artigo de colecionador e muito apreciado, considerado um dos melhores discos de rock progressivo brasileiro de todos os tempos.

Em 1976, Sérgio demitiu Túlio e Antônio, que são substituídos por Luciano Alves e Paul de Castro, e lançou o álbum “Mutantes Ao Vivo”, gravado no MAM, no Rio de Janeiro. Em 1978, o artista decide encerrar a banda, já bastante desgastada e enfraquecida com o público. 

Anos depois, lá em 2006, Os Mutantes receberam uma homenagem na mostra “Tropicália – A Revolution in Brazilian Culture”, no Barbican Hall, em Londres, principal centro cultural da Europa. E são também convidados a se apresentar no local. Rita Lee e Liminha não aceitaram o convite, mas Zélia Duncan se juntou a Arnaldo Baptista, Sérgio Dias, Dinho Leme e músicos convidados, para a apresentação em Londres.

Os Mutantes com Zélia Duncan | Foto: Reprodução

O show, com os maiores sucessos do grupo, foi gravado e virou CD duplo e DVD. Depois da apresentação em Londres, Os Mutantes – ainda acompanhados de Zélia – seguiram para uma temporada nos Estados Unidos, passando por várias cidades.

Em 25 de janeiro de 2007, o grupo fez sua primeira apresentação no Brasil, depois de quase trinta anos. O show fez parte da comemoração do 453º aniversário da cidade de São Paulo e levou cinquenta mil pessoas ao Museu do Ipiranga. Em seguida, o grupo fez uma turnê bem sucedida pelo Brasil. 

No fim do mesmo ano, Zélia e Arnaldo se desligam da banda, que continuou com Sérgio e Dinho, acompanhados da cantora Bia Mendes. Em 2008, Os Mutantes lançaram a sua primeira música inédita em 30 anos: “Mutantes Depois”.

Em 2009, foi a vez de “Haih or Amortecedor”, primeiro álbum de estúdio do grupo desde 1974, e o primeiro de inéditas desde 1976. A maioria das faixas são parcerias de Sérgio Dias e Tom Zé.

Em 2013, a banda lançou o disco “Fool Metal Jack” e, em 2020, o álbum “Zzyzx”,que conta com Sérgio Dias como único músico da formação original. Nove das onze faixas do disco são compostas e cantadas em inglês.

Confira o Acervo MPB especial Rita Lee, que conta grande parte da história dos Mutantes:

2 – Titãs

Com mais de 40 anos de carreira, a banda brasileira de rock Titãs é uma das mais importantes do nosso país. Formada em São Paulo, em 1982, permanece ativa e fazendo história até os dias atuais, tendo vendido mais de seis milhões de discos ao longo de toda a sua carreira.

A primeira formação da banda – que se apresentou em um show no Sesc Pompéia – ainda com o nome de “Titãs do Iê Iê”, e contava com nove integrantes: Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto,Tony Bellotto, Ciro Pessoa e André Jung.

Seis dos integrantes eram vocalistas: Arnaldo, Branco, Ciro, Sérgio (também tecladista), Nando (também baixista) e Paulo (que dividia o baixo com Nando, o teclado com Sérgio e tocava sax ocasionalmente). Tony tocava violão e guitarra, Marcelo guitarra, e André bateria. 

Quase todos compunham e quase todos se conheceram na adolescência, no Colégio Equipe, em São Paulo. Com influências diversas, que uniam a música popular brasileira, a vanguarda paulista e a poesia concreta com o new wave, a música caribenha, o reggae e o punk rock, a banda era como um caleidoscópio musical.

Os Titãs no início da carreira | Foto: Reprodução

Com seu visual inovador, passaram a se apresentar cada vez mais na cena paulistana e, em 1984, já sem Ciro Pessoa, assinaram contrato com a sua primeira gravadora, passando a se chamar apenas “Titãs”.  

O primeiro disco já conta com canções que se tornaram grandes sucessos e clássicos da carreira da banda, como: “Marvin”, “Go Back”, “Querem Meu Sangue” e o hit “Sonífera Ilha”, que tomou conta das rádios, fez o grupo explodir como um fenômeno em todo o Brasil e começar a participar dos programas de auditório de maior audiência na TV, além de viajar pelo país inteiro.

No final deste mesmo ano, André Jung saiu da banda e foi substituído por Charles Gavin, ex-baterista das bandas Ira! e RPM. Em 1985, a banda lançou o seu segundo disco, “Televisão”, produzido por Lulu Santos, e que conta com outros grandes sucessos como: a faixa-título, “Insensível”, “Pra Dizer Adeus” e “Não Vou Me Adaptar”.

Em 86, o terceiro álbum, “Cabeça Dinossauro”, é considerado um dos discos mais importantes do rock brasileiro dos anos 1980 e trouxe um rock mais puro, visceral e questionador. O disco contou com a produção de Liminha (que produziu diversos discos do grupo e é considerado praticamente um 9º Titã) e trouxe outros grandes clássicos, como: a faixa-título, “Bichos Escrotos”, “Polícia”, “Família” e “Homem Primata”.

Ao longo dos próximos anos, a banda seguiu fazendo cada vez mais sucesso, trouxe outras influências como o funk-rock, o hard-rock e experimentações eletrônicas e letras cheias de críticas sociais, apresentando sucessos como: “Miséria”, “Flores”, “Comida” e “Diversão”.

O disco “Õ Blésq Blom”, de 1989, influenciou toda uma geração de músicos que veio a seguir, ao misturar o rock com elementos da música nordestina. Em 1992, Arnaldo Antunes deixou a banda para seguir carreira solo e, a partir de 1994 vários integrantes passaram a investir também em projetos solo, mostrando que os Titãs têm muitas cabeças com ideias diferentes, mas que também pensam muito bem em conjunto.

Com uma diversidade maior de texturas musicais lançaram nos próximos anos sucessos como: “Eu Não Aguento” e “Domingo”, e, em 1997, o fenômeno do “Acústico MTV – Titãs”, traz um dos maiores sucessos de vendas da carreira do grupo: quase dois milhões de cópias e hits até então inéditos como: “Os Cegos do Castelo”; “Nem Cinco Minutos Guardados” e “Não Vou Lutar”.

No ano seguinte, continuando no formato acústico de sucesso, a banda regravou o hit “É Preciso Saber Viver”, de Roberto CarloseErasmo Carlos.Mas, em 2001, os Titãs sofreram uma grande, inesperada e irreparável perda: Marcelo Fromer foi atropelado por uma moto ao atravessar uma avenida em São Paulo e não resistiu, falecendo precocemente, aos 39 anos de idade.

Muito abalados, eles decidem seguir em frente mesmo depois da partida do amigo, como que em uma homenagem, deduzindo que esse seria o desejo do guitarrista.  Lançaram, no mesmo ano, disco de inéditas “A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana”, com canções que mesclam elementos do pop, rock, punk rock, ska, samba-rock, baladas e manguebeat, em grandes sucessos como: a faixa-título, “Epitáfio”, “Isso” e “O Mundo É Bão Sebastião”.

Em 2002, foi a vez de Nando Reis deixar a banda para se dedicar a sua carreira solo. Outros hits vieram depois, como: “Enquanto Houver Sol” e “Porque Eu Sei Que É Amor”, e, em 2009, com o disco “Sacos Plásticos”, os Titãs venceram o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro. 

Em 2010, Charles Gavin deixou a banda e, em 2016, Paulo Miklos. Mas, os Titãs seguem mais vivos que nunca e fazendo história, agora em formato trio: com Branco, Sérgio e Tony, e com o apoio do guitarrista Beto Lee, filho da cantora Rita Lee, e do baterista Mário Fabre.

O mais recente álbum de inéditas do grupo é “Olho Furta-Cor”, de 2022.

Confira o Acervo MPB especial Titãs para saber tudo sobre a história da banda:

3 – Os Paralamas do Sucesso

Fundada no Rio de Janeiro, no início dos anos 80, e transitando por influências do rock, do pop, do reggae, da música latina e da MPB, Os Paralamas do Sucesso é uma das principais bandas brasileiras de todos os tempos.

Formada por Herbert Vianna, nos vocais e guitarra; Bi Ribeiro, no baixo; e João Barone, na bateria; a banda revolucionou a cena musical – principalmente do rock – dos anos 80 e influenciou toda uma geração.

Herbert e Bi se conheceram ainda crianças, em Brasília, onde moraram por conta dos trabalhos de seus pais. Ali, eles já começaram a ter o seu primeiro contato com a música, principalmente com o rock’n roll. Já adolescentes, vivendo no Rio de Janeiro, uniram sua paixão pelo rock e montaram – despretensiosamente – uma banda que ensaiava na casa da avó de Bi, a Vó Ondina.

Os Paralamas do Sucesso | Foto: Divulgação

Em 1981, já se apresentando com o nome de Os Paralamas do Sucesso, conheceram João Barone – que substituiu o então baterista Vital em um show na Universidade Rural do Rio. Barone entrou para a banda no lugar de Vital e, ali, eles resolveram tornar o negócio profissional. 

Todos largaram as faculdades que faziam para se dedicarem à carreira artística. José Fortes, amigo de faculdade de Herbert, se tornou empresário da banda e assim é até os dias atuais, sendo considerado o quarto Paralama

No ano seguinte, a canção “Vital e sua Moto” (composta por Herbert para homenagear o ex-baterista), se tornou uma das mais tocadas nas rádios. No início de 83, a banda chamou a atenção ao abrir os shows deLulu Santos – que tinha acabado de explodir no Brasil inteiro – fato que os levou a assinar o seu primeiro contrato. 

O álbum de estreia dos Paralamas, “Cinema Mudo”, já traz – além de “Vital e sua Moto” e “Vovó Ondina é Gente Fina” – o sucesso da faixa-título (todas composições de Herbert), e “Química” (composição de Renato Russo, que era amigo dos tempos de Brasília, o que ajudou a lançar a sua banda – a Legião Urbana – nacionalmente).

Em 1984, Os Paralamas lançaram o seu segundo álbum, com bastante influências do reggae e que transformou a banda – definitivamente – em um fenômeno do rock nacional. O disco já contava com diversos grandes hits, como: “Óculos”; “Meu Erro”; “Mensagem de Amor”; “Ska” e “Romance Ideal”.

Com a aclamação do público e da crítica, a banda fez um show histórico no primeiro Rock in Rio, em 1985. No ano seguinte, depois de rodarem o Brasil em turnê, o terceiro disco já mostrava a veia crítica e politizada dos Paralamas, e colheu fortes influências da MPB, contando com a participação ativa de Gilberto Gil, na composição de “A Novidade” (junto com o trio), e na gravação de “Alagados”. Outro, aliás, que é considerado o quarto Paralama é o tecladista João Fera, que acompanha a banda desde esse disco.

Ao longo dos próximos álbuns, a banda passou a acrescentar metais ao seu som e abusar ainda mais das fusões com a música afro-caribenha, mesclando composições de cunho político-social, como “O Beco”, com faixas românticas e introspectivas como “Quase Um Segundo” e “Uns Dias”.

Passaram pelo experimentalismo, lançaram discos de espanhol (por conta do sucesso na Argentina), ajudaram a consolidar os novos ares da música pop brasileira e nos presentearam com mais diversos grandes sucessos como: “Lanterna dos Afogados”, “Caleidoscópio”, “Vamo Batê Lata”, “Uma Brasileira”, “Saber Amar”, “La Bella Luna”, “O Amor Não Sabe Esperar” e “Aonde Quer Que Eu Vá”.

Herbert Vianna é um dos maiores compositores do Brasil e suas canções são sucesso não apenas dentro dos Paralamas, mas também nas vozes de diversos outros artistas brasileiros.

No início de 2001, o artista sofreu um acidente com o ultraleve que pilotava e sua esposa e mãe dos seus filhos, Lucy, que estava a bordo, morreu no acidente. Herbert foi resgatado e levado pro hospital, onde ficou entubado e em coma por 20 dias. O acidente o deixou paraplégico e o fez perder a memória parcialmente por um tempo.

Ele passou por um processo de recuperação gradual e a música teve um papel fundamental na sua recuperação. Herbert Vianna teve que reaprender a tocar e cantar e foi a música que lhe deu forças para enfrentar uma dor tão grande quanto a perda da sua companheira e dos movimentos das pernas.

Exemplo de esperança e superação, ele – surpreendentemente – conseguiu voltar aos palcos com os amigos no ano seguinte, nos brindando com sua música e generosidade. Mais unidos que nunca, a banda nos trouxe novos clássicos, como: “O Calibre”, “Seguindo Estrelas”, “Cuide Bem do Seu Amor” e “A Lhe Esperar”.

Com mais de 40 anos de história e ainda na ativa, a sólida amizade e o imenso talento e genialidade, fazem dos Paralamas do Sucesso uma das maiores bandas que o Brasil já conheceu.

O mais recente álbum de inéditas do grupo é “Sinais do Sim”, de 2017.

Confira o Acervo MPB especial Os Paralamas do Sucesso, para saber tudo sobre a história da banda:

4 – Legião Urbana

Legião Urbana é uma das mais importantes bandas do cenário rock brasileiro de todos os tempos e fez história com as suas canções, consagradas até os dias de hoje, influenciando toda uma geração, para sempre. 

Por 14 anos – de 1982 a 1996 – seu líder foi o cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista, Renato Russo. Suas letras geniais – carregadas de ideais, sensibilidade e críticas sociais – e sua interpretação única, carregam uma legião (com o perdão do trocadilho!) de fãs pelo Brasil inteiro. 

Um dos maiores poetas da MPB de todos os tempos, Renato nasceu no Rio de Janeiro, mas foi morar em Brasília, quando, em 1978, conheceu o baterista Fê Lemos, e os dois descobrem o gosto em comum pelo punk rock inglês e americano. Como eram raros os punks em Brasília, os dois ficam amigos e começam uma banda, com Renato no baixo, na bateria e André Pretorius na guitarra: o Aborto Elétrico.

Legião Urbana | Imagem: Divulgação

Começaram então um movimento punk, nomeado “Turma da Colina”, junto com a Plebe Rude, Os Paralamas do Sucesso e outras bandas de Brasília. 

Petrorius, que era filho de um embaixador da África do Sul, completou 18 anos no final de 1979 e teve que voltar para servir o exército no seu país. Renato passou então para a guitarra e assumiu também os vocais da banda. Quem assumiu o baixo foi o irmão de , Flávio Lemos. Pouco depois, as guitarras passam para Ico Ouro-Preto, irmão do Dinho Ouro Preto, ficando Renato apenas com os vocais e grande parte das composições.

A banda se separou em 1982, dando origem – mais tarde – ao Capital Inicial (Fê e Flávio Lemos se juntaram a Dinho Ouro Preto e Loro Jones) e à Legião Urbana. São da época do Aborto Elétrico composições que depois vieram a se tornar grandes sucessos ou no Capital ou na Legião, como: “Que País É Esse?”, “Veraneio Vascaína”, “Fátima” e “Música Urbana”.

Em 82, Renato passou a fazer trabalhos solo, se apresentando como “O Trovador Solitário”, e criou músicas como “Faroeste Caboclo”, “Eduardo e Mônica” e “Música Urbana 2”. 

Já cansado de tocar sozinho, no mesmo ano, o artista foi em busca de novos parceiros para um trabalho em grupo, seu sonho era atingir o sucesso com uma banda de rock.

A Legião Urbana surgiu quando Renato se juntou ao baterista e compositor Marcelo Bonfá, que já tinha feito parte da banda Dado e o Reino Animal, de Dado Villa-Lobos. Pouco depois, Dado entrou para a Legião, como guitarrista e também compositor.

A música “Química”, escrita por Renato, se tornou a primeira canção da chamada “Turma da Colina” a ser gravada em fonograma e lançada em todo o país, por meio dos amigos dos Paralamas do Sucesso, em seu primeiro disco, de 1983.

Foram também Os Paralamas, que levaram uma fita demo da Legião Urbana para a sua primeira gravadora. Assim, em 1985, a Legião lançou o seu primeiro álbum, agora com Renato Rocha no baixo.

Já neste primeiro disco, a banda emplacou os imensos sucessos: “Será”, “Ainda é Cedo”, “Geração Coca-Cola” e “Por Enquanto”. 1985 foi o ano em que se encerrou o período sombrio da ditadura militar no Brasil e muitas das letras da banda foram inspiradas pelo clima e os anseios que rondavam a juventude daquela época.

O primeiro disco vendeu mais de 550 mil cópias e possui um forte engajamento político-social, com letras que fazem críticas contundentes a diversos aspectos da sociedade brasileira, mas que também inspiram esperança e amor. A juventude brasileira dos anos 80 compreendia e se identificava com o conteúdo da banda e o álbum é considerado um dos maiores discos de rock nacional da história.

No ano seguinte, a banda lançou o seu segundo álbum, “Dois”, com um estilo mais próximo do folk e letras mais líricas e interiorizadas, e o sucesso continua imenso. São deste álbum grandes clássicos, hinos de uma geração, como: “Tempo Perdido”, “Índios”, “Quase Sem Querer” e “Eduardo e Mônica”.

Nos anos que se seguiram, vieram mais sucessos como: “Eu Sei”, “Angra dos Reis” e o improvável mega-hit de nove minutos “Faroeste Caboclo”. Em 1989, Renato Rocha deixou a banda, mas o trio formado por Renato, Marcelo e Dado seguiu firme e se tornou cada vez mais produtivo.

No mesmo ano, a Legião Urbana lançou o seu disco mais maduro até então: “As Quatro Estações”. Entre as faixas de imenso sucesso, estão os hits radiofônicos “Pais e Filhos”, “Há Tempos”, “Quando o Sol Bater na Janela do Seu Quarto”, “Meninos e Meninas” e “Monte Castelo”. Rapidamente o disco se tornou o mais vendido da carreira da banda, com mais de 2,5 milhões de cópias apenas no ano de lançamento.

Também em 89, Renato Russo descobriu ser HIV positivo. Ele nunca assumiu isso publicamente em vida. Logo que descobriu, se reuniu com o seu empresário e pediu que ele organizasse tudo depois da sua morte. Suas letras a partir de então passaram também a tratar sobre temas mais introspectivos, falar sobre depressão, solidão, soropositividade, intolerância e dependência química (com a qual Renato passou a lidar depois de saber sobre a sua condição de saúde).

A banda ainda lançou mais clássicos ao longo dos próximos anos como: “Teatro dos Vampiros”, “O Mundo Anda Tão Complicado”, “Vento no Litoral”, “Hoje a Noite Não Tem Luar” (hit que estourou com o sucesso do Acústico MTV), “Giz”, “Perfeição”, “Vinte e Nove”, “Vamos Fazer Um Filme”, “1º De Julho” e “A Via Láctea”.

Renato faleceu em outubro de 1996 e onze dias depois da sua partida, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá anunciaram o fim das atividades do grupo, mas ainda tinham três discos em contrato com a gravadora para lançar.

Eles seguiram suas carreiras e lançaram discos solo nos anos seguintes. Vários discos póstumos foram lançados depois da morte de Renato, tanto da banda, quanto de trabalhos solo do cantor.

Em 2013, estreou o filme “Somos Tão Jovens”, que retrata desde a adolescência de Renato Russo até os dois primeiros anos da Legião Urbana. No mesmo ano, estreou também o longa “Faroeste Caboclo”, adaptação da famosa canção. E, em 2022, foi a vez de “Eduardo e Mônica” ganharem as telonas.

Em 2012, a MTV organizou um show tributo pelos trinta anos de início das atividades do grupo. A homenagem teve a participação do ator e diretor Wagner Moura como vocalista.

Em 2015, Dado e Bonfá se reuniram com outros músicos para o projeto “Legião Urbana XXX Anos”, que consistiu em uma série de shows para comemorar os pouco mais de 30 anos do lançamento do primeiro disco, reunindo o repertório integral do álbum. Quem assumiu os vocais dessa vez foi André Frateschi.

Devido ao grande sucesso o projeto retornou em 2018 para apresentar o segundo e terceiro álbuns de estúdio da banda.

Confira o Acervo MPB especial Legião Urbana, para saber tudo sobre a história da banda:

5 – Barão Vermelho

Barão Vermelho é uma das maiores e mais influentes bandas de rock brasileiras de todos os tempos. Formada em 1981, no Rio de Janeiro, foi responsável por popularizar o gênero

na década de 1980.

Sua formação inicial contava com Roberto Frejat na guitarra, Guto Goffi na bateria, Maurício Barros nos teclados, André Palmeira – o – no baixo, e com Cazuza nos vocais. E, se o Barão Vermelho ajudou a construir a cena de rock brasileira, Cazuza – com sua voz rasgada e potente – foi quem apresentou o jeito de cantar rock em bom português.

Em 1982, a banda gravou uma fita demo, que foi parar nas mãos do experiente produtor Ezequiel Neves, assistente do diretor Guto Graça Mello, na gravadora Som Livre.

A formação inicial do Barão Vermelho | Imagem: Divulgação

Ezequiel e Guto ficaram impressionados com o som da banda e lançaram o Barão Vermelho. Mas demorou pra eles convencerem João Araújo, pai doCazuzae dono da Som Livre. João ainda não conhecia a genialidade do filho profundamente. 

O primeiro disco do Barão Vermelho foi lançado ainda em 1982 e Ezequiel Neves – de referência – se tornou grande amigo e guru dos meninos, e participava de todos os processos de gravações, shows, turnês e composições….

Cazuza e Frejat logo criaram uma parceria muito forte, uma grande amizade, tanto na banda quanto na vida, e passaram a compor muito juntos, sendo responsáveis por muitos dos grandes sucessos da banda.

“Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, composição da dupla  que entrou pra esse primeiro álbum, é uma das mais belas músicas já escritas na história da MPB. Tanto que quando Caetano Veloso escutou a música em um show do Barão, pediu pros meninos para inserir a canção nos seus shows, o que ele fez já no dia seguinte, levando a plateia ao delírio e deixando João Araújo boquiaberto e emocionado ao descobrir que aquela composição era de seu filho.

A notícia de Caetano cantando a música de Cazuza e Frejat repercutiu nos jornais da época e o Brasil inteiro também entendeu a dimensão do Barão Vermelho. 

O segundo disco foi lançado em 1983 e trouxe o imenso sucesso: “Pro Dia Nascer Feliz”, que foi gravado também por https://www.youtube.com/watch?v=QrT3hFyPxRUNey Matogrosso no mesmo ano, fazendo com que a banda estourasse de vez pro público, crítica e também nas rádios de todo o Brasil.

A repercussão foi tanta, que o Barão foi convidado para compor a trilha sonora do filme “Bete Balanço”, em 1984, e o seu som se espalhou ainda mais pelo país. A canção é um dos maiores sucessos da história da banda. 

Depois, vieram outros grandes hits como: “Maior Abandonado” e “Por que a gente é assim?”, mas em 1985, no auge da banda, depois de um show de sucesso no primeiro Rock in Rio e quando estavam prestes a gravar o quarto disco, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguir carreira solo. 

Ele anunciou pros parceiros que achava que muita coisa do trabalho dele já não cabia mais em uma banda de rock. Frejat, Dé, Maurício e Guto ficaram desolados, mas se uniram ainda mais e decidiram continuar com o Barão Vermelho, recomeçando praticamente do zero, agora sem Cazuza e com Frejat assumindo os vocais.

Foi então que eles convidaram o guitarrista Fernando Magalhães e o percussionista Peninha para ir como músicos contratados para a estrada com o Barão.

A popularidade do Barão voltou a ficar em alta de vez em 1988, com o hit “Pense e Dance”. Em 1987, Maurício tinha deixado a banda – que ficou sem tecladista por um tempo, até ele retornar alguns anos depois – e em 1990 foi a vez de sair, sendo substituído por Dadi e mais tarde por Rodrigo Santos. 

Outros grandes sucessos foram sendo lançados pela banda como “O Poeta Está Vivo”, em 1990, uma homenagem de Frejat em parceria com Dulce Quental para Cazuza, que morreria alguns meses depois por complicações causadas pelo vírus da AIDS. 

Depois vieram mais sucessos como: “Fúria e Folia”, “Flores do Mal”, “Meus Bons Amigos” e “Seremos Macacos Outra Vez”. 

Em 1995, a banda abriu o histórico show dos Rolling Stones no Brasil, e – em seguida – passaram a trazer uma roupagem mais pop pras suas músicas e também se renderam aos processos eletrônicos de Samples e Loops que eram uma tendência do momento, se juntando ao produtor musical e DJ Memê, para produzir o famoso e mais vendido álbum da história da banda: “Puro Êxtase”, com os mega hits da faixa-título, “Por Você” e “Quando Você Não Está Por Perto”.

Entre 2001 e 2003, a banda fez uma pausa e Frejat lançou seus dois primeiros discos solo, apresentando os sucessos como “Amor Pra Recomeçar”, “Segredos” e “Homem Não Chora”.

Em 2004, a banda retomou as suas atividades e lançou grandes hits como “Cuidado” e  “A Chave da Porta da Frente”.  Em 2007, veio o segundo hiato do Barão Vermelho e seus integrantes passaram a se dedicar a projetos solo. Voltaram a se reunir em 2012, para comemorar os 30 anos de carreira da banda.

Formação atual do Barão Vermelho | Imagem: Divulgação

Mas foi em 2017 que a banda anunciou o retorno oficial aos palcos, porém, sem a participação de Roberto Frejat. Depois de 35 anos, ele se desligou da banda para seguir apenas com seu trabalho solo. No seu lugar, entrou o cantor e guitarrista Rodrigo Nogueira, também conhecido como Rodrigo Suricato.

Em 2019, já sem o baixista Rodrigo Santos, a banda lançou o álbum “Viva”, primeiro disco de inéditas em 15 anos com a formação atual do Barão Vermelho: Rodrigo Suricato, Fernando Magalhães, Maurício Barros e Guto Goffi. Em 2022, a banda lançou o álbum “Barão 40”, para celebrar seus 40 anos de existência.

Confira o Acervo MPB especial Barão Vermelho, para saber tudo sobre a história da banda:

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