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Participantes da Marcha Transmasculina, em SP, criticam políticas anti-LGBTQIA+ e pedem direitos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Manifestantes que participaram da segunda edição da Marcha Transmasculina, neste domingo (30), na avenida Paulista, criticaram, em discursos e cartazes, políticas anti-LGBTQIA+ e reivindicaram direitos como moradia, trabalho, saúde e educação para a comunidade.

“A marcha surge da necessidade de falarmos sobre as pautas transmasculinas, pois temos especificidades. Somos pessoas com útero, precisamos de atendimento ginecológico e de acesso ao aborto legal e seguro”, disse à reportagem Ravi Spreizner, vice-coordenador do Ibrat-SP (Instituto Brasileiro de Masculinidades), entidade que organiza o ato.

Por volta das 14h30, houve uma confusão envolvendo o vereador Lucas Pavanato (PL), que foi à marcha com uma câmera corporal interagir com os manifestantes. A discussão começou depois de a vereadora Amanda Paschoal (PSOL), que é travesti, anunciar no carro de som a presença de Pavanato.

Em seguida, houve um bate-boca entre os vereadores, e manifestantes cercaram Pavanato, que deixou a avenida Paulista sob vaias escoltado por policiais. “Vim conversar com as pessoas da manifestação sobre alguns temas que eu considero polêmicos”, disse Pavanato à reportagem pouco após a confusão.

“Infelizmente a vereadora do PSOL veio me expulsar com violência”, acrescentou.

Vereador mais votado da cidade de São Paulo, ele é autor de projetos de lei que buscam impedir pessoas trans de participar de competições esportivas e restringir o acesso de crianças e adolescentes trans a serviços de saúde.

“É um absurdo que ele [Pavantto] esteja presente em uma marcha em que nós estamos reivindicando direitos das pessoas transmasculinas, dos homens trans”, disse Paschoal à reportagem. “É por isso que nós tiramos ele do ato. Não podemos dar palco para a extrema direita.”

Também estiveram na marcha a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e a codeputada estadual Carolina Iara (PSOL).

Reunidos em frente ao MASP (Museu de Artes de São Paulo), manifestantes também entoaram gritos de “sem anistia”.

A algumas quadras, na praça Oswaldo Cruz, entidades de esquerda promoveram uma manifestação pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados, tornados réus sob a acusação de tentar um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

DANI AVELAR / Folhapress

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