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São Paulo enfrenta falta de vacinas contra Covid para maiores de 12 anos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo conta com mais de 479 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), dentre elas 411 estão listadas para vacinação no site De Olho de Fila —entre UBSs, AMAs/UBS Integradas e SAEs. Nesta terça-feira (1º), apenas 22 delas possuíam estoque completo de vacinas contra Covid-19 para todas as faixas etárias (menores de 5 anos, crianças de 5 a 11 anos e maiores de 12 anos).

Das 389 unidades que estão sem vacinas para o público acima de 12 anos, 117 encontram-se completamente desabastecidas para todas as faixas etárias, incluindo os grupos mais jovens.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) informa “que recebeu, do Ministério da Saúde, responsável pela aquisição das vacinas, 250 mil doses da vacina Moderna e 316.200 mil doses da vacina pediátrica contra Covid-19 em março para distribuição no estado”. Desse total, foram destinadas à capital paulista 65 mil doses da Moderna e 34.400 doses pediátricas. As doses para o mês de abril já foram solicitadas ao governo federal, diz a pasta

Durante esta manhã, dez unidades específicas estavam sem qualquer tipo de vacina contra Covid-19, dengue e influenza. Na última checagem feita pela Folha de S.Paulo, por volta das 15h, o Centro de Saúde Escola Barra Funda (CSEBF), a UBS Mascarenhas de Moraes, a UBS Vila Formosa II, a UBS Jova Rural e a SAE DST/Aids Cidade Dutra receberam novos estoques.

Mas, nestas unidades, há disponibilidade de vacinas contra Covid-19 apenas para menores de 5 anos, além de doses contra Influenza e dengue (primeira e segunda dose), mas continuam sem estoque nas faixas de 5 a 11 anos e maiores de 12 anos.

Já as UBSs Chácara Santo Amaro, Cidade Ipava e Jardim Apurá receberam apenas vacinas contra influenza e dengue, permanecendo sem estoque de vacinas contra Covid-19 para todas as faixas etárias. Por outro lado, a UBS Jordanópolis não recebeu nenhum abastecimento.

Ainda neste mês, a Folha de S.Paulo apurou que, cinco anos após o início da pandemia, as vacinas contra a Covid-19 continuam indisponíveis na rede privada no Brasil, sendo oferecidas apenas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para grupos prioritários, como crianças, idosos, gestantes e imunossuprimidos.

A dificuldade de disponibilização no mercado privado deve-se a fatores como a apresentação em frascos multidoses (exigindo agendamento coletivo para evitar desperdício), preços elevados e baixa demanda, além da descontinuação de imunizantes como os da AstraZeneca e Janssen. A Pfizer busca aprovação da Anvisa para distribuir sua vacina em doses unitárias, mas ainda aguarda regulamentação.

Especialistas consultados, Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), e Renato Kfouri, presidente do departamento científico de imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), apontam que a falta de uma cultura de vacinação contínua contra a Covid-19, similar à da gripe, é um obstáculo para a expansão no setor privado.

Embora a doença hoje tenha menor gravidade, a imunização permanece importante para reduzir transmissão e faltas ao trabalho. Clínicas particulares demonstram interesse em complementar o Programa Nacional de Imunização, mas a viabilidade depende de ajustes logísticos, como doses individuais e preços acessíveis, além de maior conscientização pública sobre a necessidade de reforços periódicos.

RAÍSSA BASÍLIO / Folhapress

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