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Concessionária quer transformar Confins em um ‘aeroporto-cidade’

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Concessionária que administra o aeroporto internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), o BH Airport está atrás de investidores que queiram levar empresas de logística para o entorno do terminal e impulsionar a aviação de carga no estado.

A ideia é transformar Confins em um aeroporto-cidade, conceito adotado pelo BH Airport e que se refere a terminais onde há grande exploração de atividades comerciais dentro do espaço aeroportuário ou ao seu redor.

À Folha o CEO do BH Airport, Daniel Miranda, diz que a primeira área a ser disponibilizada será destinada a galpões logísticos. Segundo ele, a concessionária está finalizando um estudo de viabilidade e deve publicar em breve um edital com mais detalhes sobre o projeto.

Ao todo, o aeroporto pretende captar R$ 1,8 bilhão em investimentos. A área disponível para abrigar os empreendimentos no terminal é de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados.

“A nossa intenção é que ainda neste ano a gente faça um termo de referência e busque uma parceria para explorar mais ou menos 200 mil metros quadrados”, diz Miranda.

“O conceito de aeroporto-cidade é trazer negócios que tenham sinergia com as operações aeroportuárias para impulsionar a demanda de carga. Lógico, esse tipo de modelo tem muito mais sinergia com a demanda de carga do que com a demanda de passageiros propriamente dita, mas a gente entende que tem um viés de desenvolvimento do turismo de negócios também.”

O projeto se soma aos esforços do BH Airport para impulsionar a aviação de carga e o braço de logística do terminal. Em paralelo, desde o início da concessão, em 2014, a concessionária possui um hub logístico multimodal no aeroporto, com cerca de 12 mil metros quadrados de área alfandegada, que integra transporte aéreo, terrestre e marítimo.

Recentemente, o BH Airport inaugurou uma nova conexão terrestre entre o terminal mineiro e o aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. Com caminhões, a concessionária busca a carga que chega na capital fluminense e leva até Confins.

De acordo com o BH Airport, a nacionalização do carregamento proveniente de outros estados só tem início quando a carga chega em Confins, onde a concessionária diz oferecer tarifas mais competitivas para atrair empresas e importadores mineiros.

Geovane Medina, gestor comercial do BH Airport, afirma que essa é uma estratégia para abastecer importadores com carga trazida por voos que chegam somente a outros estados, como é o caso das rotas provenientes do Oriente Médio.

“É alguma carga que chega em Guarulhos e Viracopos, por exemplo, e vem terminar o processo de nacionalização aqui. Tem algumas vantagens competitivas que são características do nosso hub logístico. A gente trabalha com incentivos e tarifas diferenciadas para o armazenamento”, afirma Medina.

No geral, o aeroporto recebe cargas de países como Estados Unidos, China, Alemanha, Itália, Holanda e França. Entre os setores com maior demanda estão o de vacinas e medicamentos, mineração e automotivo.

Além da área alfandegada, há 300 metros quadrados de armazém de cargas perigosas, 3.131 metros quadrados de câmaras frias com temperatura entre -18°C e 22°C e 11 posições para estacionamento de aeronaves cargueiras.

“O hub logístico é um quebra-cabeça. A gente iniciou as prospecções [sobre o projeto de aeroporto-cidade], estamos em discussões com players. A gente não pode abrir muito detalhe nessa parte porque é algo que começou a ser tratado e deliberado recentemente. Mas é uma peça fundamental no quebra-cabeça, porque essas empresas, o que vier aqui para o entorno, faz com que eu consiga trazer benefícios e vantagens para o meu hub logístico”, afirma Medina.

Segundo informações do BH Airport, o aeroporto de Confins recebeu mais de 30 mil operações de importação de carga em 2024, crescimento de 8% em relação ao ano anterior.

RAIO-X | AEROPORTO INTERNACIONAL DE BELO HORIZONTE

Inauguração: 1984

Concessionária: BH Airport (concessionária formada por CCR, Zurich Airport e Infraero)

Ano da concessão: 2014

Capacidade de passageiros por ano: 32 milhões

Valor da carga importada em 2024: R$ 11,3 bilhões

PAULO RICARDO MARTINS / Folhapress

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