Robô alemão começa a processar exames da covid-19 em grande escala

Equipamento irá processar 800 exames por dia e acabar com o represamento de resultados

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Robô em operação no Supera Parque - Foto: Divulgação

O robô alemão instalado no Supera Parque de Ribeirão Preto, com capacidade de processar 800 exames RT-PCR da COVID-19 por dia, começou a operar na manhã desta segunda-feira (27). O equipamento irá desafogar o represamento e colocar o fluxo de resultados dentro da normalidade.

“Na semana passada, o equipamento foi montado e, a partir de hoje, iniciaremos o processamento das amostras, simultaneamente com o treinamento supervisionado dos operadores. Logo os resultados das testagem atingirão a meta proposta”, explica o médico infectologista e diretor da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, que está à frente do projeto.

O secretário municipal da Saúde e presidente do Supera Parque, Sandro Scarpelini, explica que Ribeirão Preto está testando todos os pacientes com qualquer sintoma de gripe em todas as unidades de saúde da cidade, portanto, há aumento no número de diagnósticos, que chega a cinco mil exames aguardando resultados.

“O robô irá quadruplicar a capacidade de processamento de resultados, colocando-os em dia, o que possibilitará monitorar, acompanhar e orientar as pessoas infectadas e ter uma fotografia melhor do que está acontecendo. É melhor nós fazermos exames e saber o que está acontecendo para tomar as decisões mais acertadas”.

Sobre os robôs

Desenvolvidos com alta tecnologia, os robôs foram importados da Alemanha, chegaram à Fiocruz, no Rio de Janeiro, e foram trazidos a Ribeirão Preto na semana passada. O processo de automatização do equipamento permite fazer a extração e separação do RNA do vírus da secreção nasal coletada do paciente, reduzindo o processo para cerca de duas horas. De forma manual, o procedimento levava cinco horas.

Feita a separação do RNA do vírus, a próxima etapa consiste em introduzir o RNA separado em outra máquina, para mistura em substância reagente. Se a presença do vírus for positiva, a substância, em contato com o RNA, emite fluorescência microscópica. No caso de não haver presença do vírus da COVID-19, a fluorescência microscópica não é emitida.  Cada placa tem capacidade de realizar cerca de 120 exames de uma vez. Atualmente, com a atual estrutura, com a coleta da secreção nasal de pacientes, a extração do RNA do vírus está sendo feita em três turnos.