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Trump completa cem dias no governo dos EUA, euro é o novo dólar e o que importa no mercado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Trump completa cem dias no governo dos EUA, euro é o novo dólar, iPhones podem ser fabricados em qualquer lugar menos nos EUA e outros destaques do mercado nesta terça-feira (29).

**100 DIAS DE DONALD TRUMP**

Esta terça-feira marca o centésimo dia de governo de Donald Trump nos EUA. Entre tarifas, brigas com presidentes do Federal Reserve e criptomoedas homônimas, vamos ver o que este período significou.

SINAL VERMELHO

Em menos de quatro meses, o percentual de americanos que diziam confiar no republicano para gerir a economia caiu de 65% para 52%. Os dados são de pesquisas CNN/SSRS realizadas entre 5 e 8 de dezembro, e 17 e 24 de abril.

Os dados são um alerta para um presidente cujo ponto forte na visão de eleitores era justamente a economia. Insatisfeitos com a disparada de preços durante o governo Joe Biden, Trump foi favorecido por uma lembrança de que os tempos teriam sido melhores durante o seu mandato.

A maioria dos eleitores (52%) disse que o tema era o mais pesaria para sua escolha, o percentual mais alto de uma lista de 22 assuntos questionados pela Gallup a pouco mais de um mês do pleito.

E O BRASIL?

Washington tem sugerido a autoridades do país que ampliar as barreiras comerciais contra a China pode ser a mãozinha que faltava para que os EUA cedam no que diz respeito às taxas impostas sobre o aço e o alumínio.

Brasil e EUA são intimamente ligados no comércio desses metais, e as tarifas sobre eles dificultam a vida dos empresários nacionais. Entenda melhor lendo esta reportagem.

Corre na boca miúda…que representantes americanos têm deixado implícito nas conversas que limitações sobre a importação do aço chinês para compradores daqui tornaria a vida do governo Lula mais fácil na hora de negociar com eles.

O Planalto quer o retorno das cotas de importação do aço e do alumínio, ou seja, uma quantidade determinada dos produtos sendo exportadas sem a incidência dos novos impostos.

Até o tarifaço, vigorava uma cota de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e placas de aço e 687 mil toneladas de laminados.

NÃO VAI FICAR BARATO

Pequim reagiu aos boatos de que os rivais estariam usando seu nome na mesa. Na última semana, o Ministério do Comércio da China advertiu que vai retaliar países que negociarem acordos comerciais com os inimigos “às custas dos interesses” nacionais.

**DINHEIRO EM (OUTRA) ESPÉCIE**

Quando uma porta se fecha, uma janela se abre. Não era assim que a sua vó dizia? A Europa está tentando se candidatar ao posto de janela em uma possível crise dos ativos americanos ao redor do mundo.

CONTEXTO

O dólar e os ativos atrelados a ele, como os títulos do tesouro americano e a bolsa de valores do país, são considerados os que melhor reúnem a segurança e a rentabilidade no mundo.

Toda essa confiança depositada nos produtos dos EUA entrou em crise no começo de abril, a partir da aplicação das tarifas globais. A guerra das taxas e a instabilidade das decisões de Trump deixaram os investidores com uma pulga atrás da orelha.

Apesar das relações balançadas, não parece que o mundo está pronto para abandonar o dólar. Digamos que o mercado e os EUA estão discutindo a relação, e não se divorciando.

A IMPRESSÃO QUE FICA

No momento, a Europa parece uma frente mais unida e mais confiante do que era há algum tempo. Ao menos, essa é a visão de alguns agentes do mercado.

O euro é usado por 20 países membros e representa cerca de 20% das reservas cambiais dos bancos centrais do mundo, um número que se manteve relativamente estável nas últimas duas décadas.

Por isso, a divisa europeia parece uma salvaguarda em um momento turbulento para as finanças e a política dos Estados Unidos.

DE GRÃO EM GRÃO

Desde o início de abril, o euro ganhou 5,4% contra o dólar, subindo acima de US$ 1,13 (R$ 6,39) –o nível mais alto desde o final de 2021. Até o momento, este é o indicador mais abrangente de que os fundos estão fluindo para a Europa.

A questão central é: se o entusiasmo com o euro é um reequilíbrio das finanças momentâneo ou o começo de uma tendência de longo prazo.

DEDOS CRUZADOS

A expectativa é grande com a emissão de títulos de dívida da Alemanha –os “bunds”. O país é conhecido pelo seu conservadorismo fiscal, o que restringia a oferta desses ativos.

A nação deve emitir cerca de 1 trilhão de euros em dívida.

O parlamento mudou os limites de empréstimos ancorados nesses títulos na constituição, o que permitiu que o governo emprestasse centenas de milhões de euros. Em resumo, é uma novidade animadora.

Nos imbróglios tarifários, o preço dos bunds subiu e pressionou o rendimento para baixo, o que demonstra o interesse dos compradores –antes mesmo da emissão prometida.

**MADE IN ALGUM OUTRO LUGAR**

A última vez que uma fábrica de smartphones abriu nos EUA, ela fechou em menos de um ano. Isso aconteceu em 2013, quando a Motorola desafiou o conhecimento popular de que produzir no país custava demais.

A empresa saiu chorando do ringue 12 meses depois, quando a indústria em Fort Worth, no Texas, foi fechada. Tudo isso para dizer que Donald Trump está complicando a fabricação de smartphones no exterior, mas pode não ser capaz de trazer a produção para o seu quintal.

COMO ASSIM?

A maior parte dos iPhones, celular mais vendido nos EUA, é feito na China. Se você bem se recorda, as tarifas impostas entre os dois países da equação não são amigáveis –apesar de, no momento, haver alíquotas menores para smartphones.

Trump e seus correligionários querem levar essa produção, que, a primeira vista, poderia ser muito lucrativa, para os EUA.

Especialistas em cadeia de suprimentos acreditam que o projeto enfrentaria os mesmos problemas que a Motorola —na verdade, alguns preveem que um iPhone poderia custar até US$ 3.500 (R$ 19,8 mil) se fosse totalmente montado nos EUA.

O BURACO É MAIS EMBAIXO

O maior problema para a transferência da produção para terras americanas não seria (somente) o aumento do custo da mão de obra, mas sim a locomoção das cadeias de suprimento construídas na Ásia que envolvem várias nações.

“No início, era sobre baixos custos de mão de obra. Mas elas continuaram lá, e agora estão presas ao país por bem ou por mal. A nação é rápida, flexível e conectada globalmente”, disse Andy Tsay, professor da Universidade de Santa Clara.

Menos de 5% dos componentes do iPhone são atualmente fabricados nos EUA, de acordo com a IDC (Sigla para International Data Corporation), incluindo o revestimento de vidro, os lasers que permitem o Face ID e os chips, que incluem o processador e o modem 5G.

DE MUDANÇA

A Apple está planejando reduzir sua presença na China. O destino mais provável é a Índia, onde desenvolvem há uma uma cadeia de suprimentos alternativa há quase uma década.

Os smartphones vendidos nos EUA devem ser produzidos lá, enquanto a cadeia chinesa será mantida para o restante do mundo.

**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**

Prepare-se. O “Enem dos Concursos”, o CNU, terá 3.352 vagas e salários de até R$ 16 mil neste ano.

O mundo nas costas. As faixas de menor renda do Minha Casa, Minha Vida seguram o mercado imobiliário brasileiro em um momento hostil ao crédito.

Galípolo pede tempo… para que a inflação reaja ao aumento da taxa de juros. O presidente do BC diz que a autarquia acertou ao demonstrar preocupação com a alta de preços.

O INSS “não é botequim de esquina”… disse o ministro da Previdência, Carlos Lupi. O chefe da pasta se defende de acusações de omissão e falta de trabalho em caso de suspeita de fraude.

LUANA FRANZÃO / Folhapress

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