Uma fábrica clandestina de cosméticos foi descoberta pela Polícia Civil na tarde desta terça-feira (6), em Americana (SP). No local, produtos de higiene e beleza eram produzidos sem qualquer autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que representa grave risco à saúde pública.
A operação revelou que os cosméticos eram fabricados sem controle de qualidade, registro oficial ou condições sanitárias adequadas. Frascos, rótulos e insumos estavam espalhados em um galpão improvisado. Nenhum responsável pelo local apresentou documentação ou autorização de funcionamento.
A Anvisa é o órgão federal responsável pela regulamentação de produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos (HPC). Por meio de critérios de risco, esses produtos são divididos em dois grupos: Grau 1, de menor risco, e Grau 2, que requerem avaliação mais rigorosa devido ao potencial impacto à saúde.
O Brasil possui um dos maiores mercados de beleza e cuidados pessoais do mundo. De acordo com o instituto de pesquisa Euromonitor International, o setor movimenta aproximadamente US$ 30 bilhões (R$ 155,7 bilhões) por ano, o que coloca o país na quarta posição global — atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão. Em fragrâncias, os brasileiros aparecem em segundo lugar no consumo mundial, atrás apenas dos norte-americanos.
Apesar da força do setor, a fabricação e comercialização de produtos cosméticos no Brasil obedecem a normas rígidas desde a década de 1970, exigindo registro, rastreabilidade de fórmulas e responsabilidade técnica.
A Vigilância Sanitária e a Polícia Civil seguem investigando a origem dos produtos encontrados em Americana e devem apurar se a fábrica clandestina já distribuía os cosméticos no comércio regional. A apreensão de materiais e equipamentos foi realizada no local.



