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Dólar abre em alta com acordo entre Estados Unidos e China

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (12), com os investidores reagindo ao acordo comercial entre Estados Unidos e China para reduzir suas tarifas punitivas, enquanto seguem de olho em outras questões geopolíticas.

Às 9h05, o dólar subia 0,44%, a R$ 5,6800. Nesta segunda, as potências econômicas fecharam um acordo e deram um passo para encerrar a guerra comercial que tem abalado os mercados financeiros.

Segundo o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, o país reduzirá de 145% para 30% as tarifas adicionais sobre produtos chineses (10% de taxa básica, mais 20% relacionados ao tráfico da droga fentanil) por 90 dias. A China, por sua vez, diminuirá as taxas sobre importações americanas para 10% (são 125% hoje).

Na última sexta (9), o dólar oscilou pouco e fechou em queda pela segunda sessão seguida nesta sexta-feira (9), recuando 0,12%, a R$ 5,654, tendo como pano de fundo as expectativas em torno das negociações tarifárias entre Estados Unidos e China, além dos dados de inflação no Brasil, que desacelerou 0,43% em abril. Na semana, a divisa ficou praticamente estável, acumulando baixa de apenas 0,02%.

Os bons ventos externos também impulsionaram a alta da Bolsa, que encerrou com avanço de 0,20%, a 136.511 pontos, após ter atingido o patamar de 137.286 pontos na máxima da sessão. Com isso, o Ibovespa fecha a semana com acréscimo acumulado de 1,05%, o quinto semanal seguido.

As ações do banco Itaú ajudaram a puxar o índice para cima, após um resultado sólido no primeiro trimestre, com variação positiva de até 5% nos papeis. Em uma sessão abarrotada de resultados corporativos, ações de Porto Seguro, Petroreconcavo, Lojas Renner, Copel e Assaí também impulsionaram o índice.

Na quinta-feira (8), o presidente dos EUA, Donald Trump, havia dito esperar negociações substanciais com a China e indicou que a tarifa de 145% sobre produtos chineses poderia ser reduzida –o que foi confirmado nesta segunda.

“A China deveria abrir seu mercado para os EUA – seria muito bom para eles!!! Mercados fechados não funcionam mais!!!”, disse Trump em uma postagem no Truth Social.

“Uma tarifa de 80% sobre a China parece correta. Depende de Scott B”, disse Trump.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, Trump aumentou os impostos sobre as importações da China para 145%, além daqueles que ele impôs sobre muitos produtos chineses durante seu primeiro mandato e aqueles cobrados de Pequim pelo governo Biden.

A China revidou impondo restrições à exportação de alguns elementos de terras raras e aumentando as tarifas sobre os produtos dos EUA para 125%, além de taxas extras sobre produtos selecionados, incluindo soja e gás natural liquefeito.

Na cena doméstica, o mercado nacional analisou dados para a inflação brasileira, com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informando que a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), teve alta de 0,43% em abril, desacelerando em relação ao avanço de 0,56% em março.

Em 12 meses, o índice foi a 5,53%, ainda distante do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central).

Em uma tentativa de conter os preços, a autoridade monetária promoveu um ciclo de aumento na taxa básica de juros, a Selic, que chegou nesta semana a 14,75% ao ano. É o maior nível em 19 anos.

O BC, porém, deixou em aberto seu próximo passo na reunião de junho. Economistas e analistas do mercado já aguardavam a alta e acreditam que isso abre possibilidades para o fim do ciclo de elevação dos juros, o que refletiu no otimismo dos investidores e no bom desempenho do mercado de câmbio e de ações na véspera.

A Bolsa fechou a sessão de quinta-feira (8) com um forte avanço de 2,12%, a 136.231 pontos. O destaque ficou para as ações do Bradesco, que subiram mais de 15% após resultado melhor do que o esperado no primeiro trimestre de 2025.

“O comunicado do Banco Central retirou o termo ‘ciclo’, indicando proximidade do fim do aperto monetário, o que suaviza parte do movimento, mas mantém o diferencial de juros em níveis historicamente altos”, afirma Bruno Botelho, especialista em câmbio da One Investimentos.

Paulo Silva, cofundador da Consultoria Advisory 360, afirmou que o comitê tomou a decisão acompanhada de um comunicado firme do Banco Central, reafirmando o compromisso de manter uma política monetária contracionista para controlar a inflação.

“Isso aumentou a confiança dos investidores, trazendo previsibilidade e reduzindo riscos”, diz Silva.

Redação / Folhapress

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